“Afonso já começa a projetar tudo para o próximo ano”, diz Ritinha, sobre o irmão que canta, toca e também vai para a cozinha fazer um feijão para manter todo mundo “aceso” como “fogo de fogueira”, esperando chegar a noite de São João para dar continuidade à tradição que começou com o inesquecível Mestrão, patriarca da família Lauton.

Sob o olhar de Dona Branca, uma mãe atenta ao que está acontecendo ao seu redor, sentada em frente à sua casa, assistindo os filhos, netos, genros, noras e vizinhos preparando tudo para receber os amigos com muita música, comidas e bebidas típicas.

O cenário é lindo, a decoração é um cenário que traz a todos lembranças afetivas dos tempos de criança. É um passeio pelo mundo encantado dos festejos juninos, que, infelizmente, alguns governantes insistem em abandonar, o que é lamentável.

Toda a preparação termina no finalzinho da tarde. Cada um vai se preparar, tomar seu banho e vestir-se a caráter: mulheres com vestidos coloridos, homens com camisas quadriculadas. Pouco a pouco, a Rua do Padre vai recebendo os condeubenses. Os convidados da família Lauton, ou não, são sempre bem recebidos, todos que queiram curtir uma noite de festa, de forró, de fartura e de paz, aproveitando o clima de harmonia que é próprio do São João do interior.

Condeúba esteve cheia, como sempre. Gente de toda parte foi para um dos principais destinos juninos da Bahia. Cidade aconchegante e acolhedora, com pousadas todas ocupadas, restaurantes cheios, e grande movimento na feira na praça da Bandeira, todo mundo faturando no comércio.

A prefeitura municipal contratou atrações como Rony Barbosa, Lucy Alves e o filho da terra, Edinho da Bahia, para animar a praça do Forródromo, onde o público permaneceu até o dia amanhecer.

Enquanto isso, a banda Sirviçu Trapaiado fez a alegria do Arraiá do Mestrão, um presente que a família Lauton oferece todos os anos para manter viva a tradição da boa e farturenta festa, que pode até ter outra parecida, mas igual não há.