Meus amigos, lamentavelmente, a maioria das festas privadas que são realizadas durante o São João no estado da Bahia foram canceladas. Ou melhor, elas nem foram anunciadas. Isso aconteceu porque os proprietários das festas particulares, os empresários, descobriram que era humanamente impossível bancar os altíssimos custos cobrados pelas bandas. E isso não se resume apenas à parte financeira, mas envolve toda a logística: voos, jatos, transportes rodoviários, hospedagens, Ecad, camisas, bebidas, quando as festas são all inclusive.

Eu vou citá-las apenas como registro, mas não gostaria de fazê-lo em outras circunstâncias para não enfatizar um fato tão negativo e que nos deixa preocupados. Porque, independentemente de qualquer coisa, nós somos empresários do setor de entretenimento, de eventos, de realização de festas. Portanto, não temos que ser inimigos e muito menos depreciar quando algo negativo acontece dentro do mercado.

Tivemos, por exemplo, o Forró do Esfrega, o Brega Light, o Forró do Lago, o Forró do Rio, enfim, as grandes festas que o Nordeste aprendeu a frequentar. Gente que vinha do Rio de Janeiro, de São Paulo, do norte de Minas e do próprio interior da Bahia, vinha para essa nossa região aqui, no sudoeste, para curtir as festas. Então, por incrível que pareça, só restaram duas: o Ticomia, que será realizado no dia 23 e a festa do Tôa Tôa, que é o São Pedro do Tôa Tôa.

Então, meus amigos, sinceramente, é preciso que isso seja revisto. É necessário que os artistas, sobretudo nessa época do São João, considerem essa situação. Sabemos que o mercado é assim, é duro, é rigoroso, é a lei da oferta e da procura, mas não é fácil bancar esses custos. É preciso que isso seja revisto urgentemente.