Vez por outra estamos ouvindo queixas da população em relação aquele buraco que foi aberto na Praça Vitor e que acabou virando uma cratera. Ora, ali é uma praça central, uma das mais bonitas da cidade, bem cuidada, uma vitrine, por que haveria uma administração permitir que aquela coisa feia, que contrasta com a beleza do ambiente, perdurasse tanto tempo, sendo motivo para críticas veementes por parte de todos que ali transitam diariamente? Tinha que ter um motivo que justificasse tanta demora para dar uma resposta aos adversários e aos correligionários também, até porque aquele PROBLEMA afeta a todos, os críticos contumazes, que nesse caso específico estão cobertos de razão, e também os amigos que torcem pelo sucesso da gestora e ficam incomodados duas vezes: com aquela cratera enorme no centro da cidade, que faz mal aos olhos e a preocupação com um possível acidente que poderia ocorrer com os pedestres, e principalmente com os deficientes visuais que passam por ali.

Curioso com o que estava acontecendo, em junho do ano passado procurei um agente da Secretaria de Infraestrutura para me explicar o porquê de tanta demora para resolver aquela situação, ele me respondeu: “não é uma simples intervenção” disse ele, e completou com uma frase bem conhecida e cheia de humor: “o buraco é mais embaixo”!

O que ele explicou é o mesmo que o secretário Jackson Yoshiura traz a seguir com detalhes, com minúcias, e após a leitura você ficará entendendo toda a situação:

Prefeitura inicia recuperação do canal de drenagem da praça Vítor Brito

A Prefeitura de Vitória da Conquista iniciou nesta quinta-feira (11), a obra de recuperação do canal de drenagem da praça Vítor Brito, que foi seriamente danificado pelas chuvas. A intervenção será iniciada com recursos repassados ao município pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. O repasse, efetivado em novembro de 2023, foi de R$ 1.636.824,88.

Esse mesmo valor será investido pela Prefeitura em outras ações de Defesa Civil que estão em andamento: a revitalização da Avenida Francisco Sabino, no bairro Vila América, cujo canal de drenagem também foi atingido pela força das enxurradas, e a recuperação da galeria de drenagem situada na Avenida Rio de Janeiro, no bairro Conveima 1.

O secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Jackson Yoshiura, considera que o repasse é insuficiente, devido às dimensões dos danos e à complexidade dessas obras de recuperação – principalmente no caso da erosão provocada na Vítor Brito. Por isso, será necessária uma complementação municipal. “Estamos abrindo o canal para verificarmos o tamanho da extensão e tocar a obra. O restante dos recursos vai sair dos cofres do município, porque o que recebemos é insuficiente para a dimensão do que precisa ser realizado”, comentou Jackson.

Ainda segundo o secretário, a obra na Vítor Brito só pôde ser iniciada agora devido a dois fatores: a ausência dos recursos, que só foram autorizados pelo Governo Federal no final de 2023, e o recente período chuvoso em Vitória da Conquista, que também inviabilizou o início da intervenção.