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João Paulo e Alexandre Cabecinha deram um show de produção e organização na festa que virou tradição no sábado à tarde do Festival de Inverno. Chegaram a exagerar nas atrações? Alguns poderiam dizer que sim, “ah, não precisa isso tudo, basta um, deixe o outro para o próximo ano”. Tem sentido, só que ninguém seria louco de falar isso para os dois produtores que transformaram caroços de feijão em ouro. “Moço, me consegue um Feijão?”, fala a jovem bonita para o cambista, no que ele responde: “consigo, mas só em espécie, e é mil reais!”. “Eu quero”, retorna a menina com um sorriso no rosto.

Ao adentrar o camarote da Arena Miraflores a jovem já encontrou um dos ícones do axé tocando e cantando clássicos da música baiana, nada mais, nada menos que o espetacular Luís Caldas. O eterno cantor, que é capaz de produzir um cd por mês, levou o público a loucura com sua voz rouca e sua guitarra mágica. “Luís é um monstro”, é o que mais ouvi e assino em baixo. 

Cerveja gelada, salgados, docinhos e mesas com o feijão servido para quem quisesse “forrar o estômago”. Se alguém preferisse, descia para a parte inferior do espaço para comer um delicioso acarajé.

O Melhor Feijão foi um festival dentro do festival; podemos dizer também que é uma festa à parte ou uma festa paralela ao festival. Uma coisa podemos afirmar: não foi a pandemia, nem a guerra da Ucrânia que encareceu tanto o feijão, o preço advém de uma série de fatores: tradição, qualidade, serviço, boa música e um monte de gente que só quer diversão. São dez anos de folia e comida gostosa, que Celeste faz como ninguém.

Lembram que disseram: “basta um, deixe o outro para o próximo ano”? Que nada! Luís Caldas deixou o palco e outro gênio do axé, o cara que descobriu Itacaré para a Bahia e para o Brasil com a sua Trivela, arrastando jovens apaixonados, cantando lindas canções compostas pelo criador do Bloco Me Abraça. Durval Lelys continua cativante, criativo e apaixonante, cantou para um público que está ávido para pular atrás do trio.

Durval e Luís formaram uma dupla perfeita, como foram Pelé & Coutinho; Douglas & Picolé; Piolho & Naldo e Romário & Bebeto.

O Melhor Feijão foi 10, conforme o número da edição.