O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Vitória da Conquista, Abmael Brito, esteve representando a instituição em Brasília
O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Vitória da Conquista, Abmael Brito, esteve representando a instituição em Brasília nesta quarta-feira (25) no Movimento Nacional das Santas Casas, mobilização que tem por objetivo lutar para que estas instituições filatrópicas recebam do Ministério da Saúde repasses adequados às suas demandas.
Ao longo dos anos as verbas destinadas ao setor filantrópico defasaram drasticamente, fazendo com que a prestação de serviços de média e alta complexidade via Sistema Único de Saúde (SUS) ficasse ameaçada, quase que inviáveis. “Estamos reunindo todas as forças possíveis para reverter este cenário delicado de falta de financiamento, que pode sim criar sérias dificuldades para as entidades, até mesmo o fechamento de serviços. Com a Santa Casa de Vitória da Conquista não é diferente, as dificuldades são as mesmas, afirmou o Provedor Abmael.
Denominado “Movimento Não Suportarão”, a mobilização teve programação que buscou sensibilizar deputados e senadores sobre a real situação das instituições filantrópicas. Uma das ações para denunciar a situação crítica que afeta, pelo menos, 1.824 hospitais filantrópicos. Na semana passada a Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) colocou cerca de 1,8 cruzes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Hoje aconteceram encontros com parlamentares, com dirigentes das entidades filantrópicas participando de reunião organizada pela Frente Parlamentar das Santas Casas, no plenário da Câmara dos Deputados.
O presidente da CMB, Mirocles Véras, afirma que o setor vem sendo ignorado e a situação pode provocar a desassistência em várias regiões do país. “Os filantrópicos representam a maior rede hospitalar do SUS, mesmo acumulando décadas de subfinanciamento, assumindo dívidas para pagar uma conta que não é sua, mas do sistema, tudo para não deixar de assistir aos brasileiros”.
A CMB quer que seja viabilizada a alocação de recursos na ordem de R$ 17,2 bilhões anualmente, em caráter urgentíssimo, como única alternativa de assunção das obrigações trabalhistas decorrentes do Projeto de Lei nº 2564/2020 que institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e parteiras, já aprovado pelo Congresso Nacional, assim como para a imprescindível adequação ao equilíbrio econômico e financeiro no relacionamento com o SUS.
De acordo com a entidade, existe uma enorme preocupação com a ameaça de fechamento em larga escala de instituições centenárias que atendem, via SUS, a mais de 50% da média complexidade e 70% da alta complexidade (como oncologia, cardiologia e transplantes).