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Eu ainda morava em Condeúba, menino, aos 12 anos, soube dele e do amigo Fernandinho, os dois desmantelavam as retrancas que o Humaitá, Grêmio e União preparavam para impedir que a “dupla sertaneja” marcasse gols e mais gols que o Esporte Clube Comerciários estava acostumado a fazer nos times citados.

Hoje, domingo, dia de futebol, ao acordar deparei com a notícia enviada pela ilustre e querida amiga, a professora e historiadora Ana Palmira, que dizia “Tio Zé (Charuto) faleceu”.

A foto mostra o rosto negro, sereno, de um homem que nos deu tantas alegrias jogando futebol no Estádio Edvaldo Flores.

Charuto, graaande Charuto, pessoas como você não morrem, ficam eternas. É o seu caso. Você me proporcionou tantas alegrias quando o futebol era uma brincadeira, uma festa, uma magia, diferente dos dias de hoje, onde os torcedores se armam para os embates antes dos jogos nas Arenas suntuosas bem diferente do Edvaldo Flores, naquele tempo, campo de terra.

A terra já cobriu o seu caixão, Charuto, é um ritual que estamos acostumados a assistir. Cobre tudo, só não consegue apagar das nossas lembranças os gols que você marcou ao lado seu amigo Fernandinho, filho do saudoso dentista Nena Aguiar.

Charuto nos deixa, fará falta a todos nós. Você inspirou outros craques como Jaimilton, Naldo (os dois in memorian) e Piolho, todos, inclusive você, treinados por Zé Maria Areas.

Por sua causa, querendo te ver jogar, subi na carroceria do caminhão de Antônio Terêncio, ex-prefeito de Condeúba, cujo destino era Vitória da Conquista, tudo pra assistir Charuto jogar pelo Comerciários, time dirigido por Petronio Sales, que já não está entre nós.

Vá com Deus, Charuto!