Clima frio, a cara da cidade, a Suíça Baiana acordou festiva, é Dia das Mães, motos em velocidade conduzem os jovens motoboys que fazem entrega de flores para as “rainhas dos lares”, reconhecimento mais do que oportuno para aquelas que representam muito na vida de todos nós.

A prefeita Sheila Andrade, acompanhada de membros da sua equipe de governo, dentro os quais Lucas Dias, do Gabinete Civil, Diego Gomes, da Mobilidade Urbana, e Luís Souza, Serviços Públicos, contando também com a presença discreta do pai da gestora, José Andrade, viu de perto as manobras dos ônibus que estarão a partir do próximo dia 02 de junho circulando dentro da moderna Estação de Transbordo que receberá o nome do ex-prefeito Herzem Gusmão.

Aproveitei o ensejo e conversei rapidamente com a prefeita da capital do sudoeste da Bahia, que está bastante motivada com o futuro da sua administração:

BM: Prefeita, em primeiro lugar saudar a nossa querida Vitória da Conquista com esse clima agradabilíssimo que é a cara da nossa cidade. SL: É, a nossa “Suíça Baiana”, hoje domingo, dia das mães, acordou com esse climinha que todo conquistense adora. Estamos aqui para fazer os testes, como vai acontecer a circulação de veículos na Estação de Transbordo Herzem Gusmão, para que no dia 02 de junho a gente possa trazer mais conforto e segurança para aqueles que utilizam o transporte público em Vitória da Conquista.

BM: Na última quinta-feira esteve em nosso programa o secretário de Infraestrutura, Jackson Yoshiura. Ele entende que o transporte é um dos principais dasafios das administrações, com o que eu concordo. E a senhora, prefeita, qual a sua leitura?

SL: Sim, Massinha, o transporte público nas médias e grandes cidades estão passando por momentos difíceis, e a pandemia acabou tirando os usuários do transporte público. Nós temos o advento do Uber, as pessoas estão migrando para o transporte via aplicativo, isso tudo são mudanças, por isso é importante sentarmos com a população, com a Câmara de Vereadores, com o Ministério Público, para discutir essa nova modalidade de transporte público após a pandemia.

BM: A sua experiência à frente da CDL como gestora, sem dúvida alguma, não deixa de ser um indicativo, embora você não tenha programado nada disso na sua vida. De qualquer sorte, pela própria história política da sua mãe, é natural que você viria a galgar cargos, inclusive foi candidata a deputada, e hoje você é a prefeita de Vitória da Conquista. A cidade tem ouvido, sem a sua fala, que o seu desejo era governar ao lado de Herzem, só que essa é a situação de hoje. E aí, prefeita?

SL: É isso aí, o nosso desejo era trilhar os caminhos junto com o querido e saudoso prefeito Herzem Gusmão, só que Deus não quis assim. O destino agora é encarar a realidade, enfrentar os desafios, me sinto preparada, amo muito essa terra, tudo que aprendi ao longo da minha vida eu vou utilizar para que a nossa cidade fique cada vez melhor para viver e trabalhar.

BM: Lógico que cada um com o seu estilo, você mesma nesse início de governo tem começado um diálogo, por exemplo, com a bancada de oposição que é natural; recebeu, ou procurou, o deputado Fabrício Falcão; fez também intervenções junto ao governo do estado. Considero isso um gesto normalíssimo, republicano e saudável, esse será o seu caminhar durante os quatro anos de mandato?

SL: Sem dúvidas, nós começamos, eu gosto muito de escutar, escutamos o amigo Fabrício Falcão, escutamos os conselhos, escutamos os sindicatos, já estou conseguindo uma agenda para ir conversar com o governador, com os senadores, o que a gente precisa é trabalhar, oposição e situação, para que a cidade tenha os cuidados merecidos, temos que trabalhar em conjunto por uma cidade melhor.

BM: Você já respondeu, só que nós temos uma política polarizada em todo o país. Aos eleitores que elegeram a chapa Herzem/Sheila, o que você diria pra essas pessoas que votaram em vocês firmemente para que eles entendam que você hoje é a prefeita da cidade, não apenas daqueles que votaram nos dois, o que você diria pra eles, para acalmar os ânimos, e que essa conversa é necessária? SL: Massinha, eu acho que isso é muito normal, nós fomos votados por 97 mil eleitores, mas hoje eu tenho que governar para 360 mil conquistenses. A gente não pode governar apenas pra quem votou conosco, temos que governar pra toda a cidade. O próprio Herzem, mesmo tendo uma forma diferente de governar da que eu tenho, era um homem que também dialogava com as oposições, ele não era fechado que ficava conversando com os parceiros políticos.

BM: Bem, 360 mil conquistenses que você acaba de falar, pra encerrar a entrevista. De repente você é prefeita da terceira mais importante cidade da Bahia. Como é mesmo? A ficha caiu? Já se adequou a essa nova realidade, prefeita?

SL: Ah, é um prazer, é um orgulho muito grande estar à frente desta cidade que eu tanto amo. É um desafio, é como lhe falei, Massinha, quando fazemos com amor e carinho, a gente consegue. Deus no comando, sempre!