Réquiem da saudade
Por Eduardo Arêas
“De repente do riso fez-se o pranto silencioso e branco como a bruma… e das mãos espalmadas fez-se o espanto”.
Não pergunte que ele era, apenas posso lhes dizer como ele viveu, e como a sua presença iluminava nossas almas.
“Eu vou pensar que é festa vou dançar, cantar é minha garantia. e vou contagiar diversos corações com minha euforia, e a amargura e o tempo vão deixar meu corpo e minha alma vazia. Mas, sem que se perceba agente se encontra pra uma outra folia”.
Se alguém me pedissem para definir alegria e alto astral, eu responderia, de forma categórica, CHEIROSO.
Sábado ensolarado, dia de uma cerveja gelada, muitas resenhas e muitas risadas, mas, não mais que de repente, fez-se triste o que era contente, “mas esse malunga alegre de alma maneira e que cantava sem viola mas alegrava a gente”, partiu, a convite do pai, para alegra o céu…“nem se despediu de mim, Já chegou contando as horas, bebeu água e foi-se embora, nem se despediu de mim”, “Isso não se faz, CHEIROSO, nós se importa, você devia ter ponhado um recado na porta”. Aqui ficamos nós, saudade das piadas, que só caiam bem se fossem contadas por ele, de jeito inconfundível e sem maldade, repetia mil vezes frases do tipo – aí pai, para. Se alguém falasse, vou tomar um sal de frutas, aí ele perguntava – de Mangaba ou de manga? Rsrsrs
“Ah… o tempo faz, Tempo desfaz, e vai além sempre.
A vida vem lá de longe, é como se fosse um rio, pra rio pequeno, canoa e pros grandes rios, navios.
E bem lá no fim de tudo, começo de outro lugar, será como Deus quiser, como o destino mandar.
No rastro da lua cheia, se chega em qualquer lugar”
Ele chegou ao pai e foi recebido por um cortejo de anjos amigos, hoje o céu é só alegria.
“E é morrendo que se vive para a vida eterna”. Vai Gilmar, fique com Deus e, quando puder, nos mande notícias de lá.
Saudades eternas!
Autores citados no texto: (Adoniran Barbosa, Almir Sater, Elomar Figueira, Luiz Gonzaga, Oswaldo Monte Negro e Vinicius de Moraes)
Deus nos levou um corpo fisico amigo e nos deixou na nossa memória um eterno amigo/irmao !!! Vá Gilmar em paz ao encontro dele que estará de bracos aberto para te receber …
Linda homenagem a uma pessoa que foi tão querida pelos amigos!
Oh, vixe Maria! E o olhin, aberto, após as aulas especiais do Karatê tínhamos um tempinho reservado para a espiritualidade, “aprender” o que foi exercitado/conhecido em aula, ele absorvia a luz que era emanada daquele momento, mas não deixava as gaiatices de lado, cumprindo sua missão de mostrar aos amigos que a vida poderia ser muito mais leve, que “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”! Oss!