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Vitória da Conquista amanhece o dia, começa segunda-feira, 01/03/21, cumprindo mais dois dias de comércio fechado;

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Abertos apenas serviços essenciais, ou seja, mais dois dias de sofrimento para os comerciantes. Portas lacradas, tudo fechado, exceto, repito, serviços essenciais, isso na visão do governo;

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Afinal, o que é essencial para você, meu caro consumidor? Meu caro comerciante? E para você, meu caro governador? Gestores públicos, deputados e vereadores: o que é essencial para os senhores parlamentares?

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A cidade reagiu, o comércio diz que está estrangulado, sem ar, sem oxigênio, mal, mal, respira, está sem fôlego;

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As reações foram diversas, das mais simples, as mais agitadas, algumas até radicais. É o desespero, todos queixam o improviso, a maneira abrupta que foi comunicado que serão mantidos mais dois dias de “tranca rua”;

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“Avisaram no final da tarde, o governador Rui Costa teve o dia todo para avisar. Se era pra continuar com o lockdown, nos avisasse com tempo, pra gente organizar tudo”, reclama através das redes sociais um comerciante de Salvador.

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As palavras do soteropolitano ecoaram em Conquista: “já estávamos todos prontos para trabalhar, loja arrumada, serviço de higienização preparado, funcionários animados…”

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“…agora é só frustração, prejuízo, decepção, não nos trataram com respeito”, queixa uma logista do bairro Brasil para mim.

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A prefeita em exercício, Sheila Andrade, seguiu o decreto baixado pelo governador Rui Costa. No dia 19/02, quando Sheila foi junto com o governo estadual, ela segurou a barra, não foi fácil, imagino;

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“Não tinha nada que acompanhar o governador Rui Costa”, diz o aliado do governo Herzem x Sheila, para ele isso favorece muito o adversário.

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O presidente da União dos Prefeitos da Bahia (UPB) também chegou junto. Eudes Ribeiro liderou o movimento ligando para os prefeitos que aderiram o decreto do governador.

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Quando o governador Rui Costa, seguido por Bruno Reis, prefeito de Salvador, anunciou mais uma vez as medidas restritivas, virou um efeito dominó:

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Ilhéus e Itabuna, governadas por Mário Alexandre e Augusto Castro, respectivamente, ambos do PSD, disseram “presente”, Sheila Andrade ainda aguardou um pouco mais para dar o sim.

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Só o fez no final da tarde: “a nossa decisão foi depois de ouvir o Comitê de Crise, vimos que deveríamos continuar assumindo as medidas do toque de recolher até 08 de março, e até quarta-feira, 03/03, continuar com o lockdown”, disse a ex-presidente do CDL.

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Mais de trezentas prefeituras do interior ouviram o ex-governante de Bom Jesus da Lapa, Feira de Santana fechou com Rui.

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Estão bravos, queixam que precisam pagar os impostos, as duplicatas, manter as contas em dia.

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Ontem mesmo os proprietários de academias anunciaram um protesto em frente à prefeitura; comerciantes também fizeram coro.

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A Câmara de Vereadores, também cobrada pelos lojistas, como sempre, saiu na frente: apoia as medidas.

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Em uníssono, o setor de saúde afirma o mesmo: falta UTI na saúde pública e na privada. Temos ouvido por todo o país que  “não adianta ter dinheiro, não existe disponibilidade de leitos”, afirmam as autoridades médicas.

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“A saúde está em risco, prestes a entrar em colapso “, diz o presidente Carlos Dudé que tem informações que não temos mais UTIs disponíveis.

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A prefeitura não funcionará presencialmente, portanto, a prefeita em exercício não receberá os manifestantes. E aí, como será de hoje em diante?

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Vivemos dias difíceis e precisamos unir todo mundo para aproximar de um consenso. Cidades do extremo-sul do estado, até ontem à noite esboçaram resistência, será se suportarão?

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Não imaginávamos que chegaríamos a um ano de sofrimento. Quem esperava que essa doença terrível duraria tanto?

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De quem é a culpa? Sua, minha, nossa, de quem? Dos políticos? O papel de acusar sempre é mais fácil. Onde foi que erramos?