Temos ouvido muito nos últimos dias comentários preocupantes em relação às medidas tomadas pelo governador Rui Costa e seguidas pela prefeita em exercício Sheila Andrade, que governa Vitória da Conquista nesse instante. Muita gente não apoia e verbaliza pelos quatro cantos: “Rui é comunista, a prefeita não deve segui-lo, isso é um absurdo”, afirmam com dedo em riste.

É compreensível que questionem, que olhem com desconfiança, que não aprovem, que não aceitem que os dois estejam de mãos dadas, mas ela faria o que? Contraria tudo que estamos assistindo, gente doente sem encontrar vagas nos hospitais públicos, sem um leito de UTI? Até no Sírio Libanês, hospital renomado na grande São Paulo, com atendimento particular para quem possui plano de saúde, ou muito dinheiro em espécie, pessoas com esse perfil não conseguem vagas.

Hoje, por exemplo, existem 22 pessoas à espera de uma vaga e não conseguem. A prefeita vai entrar em confronto com um ato constitucional superior a uma ação do município? A discussão jurídica é possível que todos nós façamos, é só ler a Constituição. Se preferir, pode consultar um advogado. Quanto questionar cientificamente se o decreto de Rui Costa está correto, eu não ouso fazê-lo, isso é pra quem é da área médica. Portanto, não queira “jogar lenha na fogueira”, não antecipemos as eleições de 2022.

E a grande população conquistense, o que acha disso tudo?

Muita gente é contra as medidas restritivas, muitos com argumentos que merecem ser avaliados, inclusive nomes da área médica. Só que tem outra parcela, muito grande por sinal, que é contra só por sê-lo, são contra porque entendem que isso é “coisa de comunista”. Releve, companheiro, nessa hora temos que esquecer a política partidária.