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Conheci Fued Jorge Filho há mais de 25 anos, foi no apartamento de um casal amigo e querido, Ceres e Betão, dois irmãos, não só meu, mas de Fued também. O endereço é na Rua Flórida, na Graça, pertinho da antiga sede do Camaleão, onde o inquieto amigo de personalidades do mundo artístico televisivo fazia parte da diretoria social do bloco que já fazia sucesso no meio dos foliões da Bahia e do Brasil.

Bem relacionado, boa prosa e um dos campeões de vendas de abadás, principalmente para turistas, Fued é pouco chamado pelo nome próprio, o nome de “guerra” é Mídia, coisa que ele sabe fazer como ninguém. Assim como todos os baianos, Mídia sente na alma a ausência dos trios na avenida, a falta do povo nas ruas, enfim, ele não consegue conviver com o silêncio e o vazio da cidade:

“Sem carnaval a economia da Bahia perde muito em arrecadação, todos os setores foram atingidos, o setor do entretenimento sofre muito, vale dizer que nessa época são empregadas informalmente milhares de pessoas, seja nos blocos e também nos camarotes, os ambulantes, customização de abadás… O carnaval movimenta a cidade inteira, restaurantes, bares, transportes e a rede hoteleira que sempre vende a totalidade dos seus leitos.

Com as lives tenta-se amenizar um pouco a tristeza do folião. Não é a mesma coisa, mas é uma maneira que encontraram de colocar o folião em contato com o cantor e cantora da sua preferência”, afirma o nosso amigo que já está com tudo pronto para assistir a Live de Bell e do Camaleão que começará dentro de instantes.

E assim o carismático Mídia vem cumprindo a sua agenda carnavalesca, acompanhando as lives programadas: na sexta-feira aplaudiu a performance de Vina Calmon à frente do Bloco Cheiro; ontem vibrou com as apresentações de Ivete e Claudinha numa investida audaciosa e inusitada das produções das duas artistas, e, finalmente, hoje estará curtindo Bell Marques na sua Live tão esperada.