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O próximo prefeito de Conquista será o prefeito de todos os conquistenses, não importa em quem cada eleitor votou no primeiro turno.

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Serão todos iguais, segundo prega a boa política. O gestor não fará distinção, cada homem, cada mulher da nossa cidade, será visto com o mesmo olhar de quem governará a Terra do Frio, a Suíça Baiana ou Cidade das Rosas, como escreveu o poeta.

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Conquista tem que ser encarada como cidade de diferentes preferências religiosas, de múltiplos gostos musicais, de raças e de inúmeras famílias que edificaram a capital do sudoeste da Bahia, a nossa terra, centro do Sertão da Ressaca.

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Somos a cidade que cresceu e avançou, fruto da bravura de tantas famílias que aqui nasceram, como a Ferraz, Santos, Melo, Gusmão, Correia, Leite, Mendes, Figueira, Oliveira, Flôres, Fernandes. Até já brigaram entre si, no início de tudo, para chegar aonde chegamos.

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Foram enfrentamentos entre a raiz da nossa árvore genealógica, a disputa pelo poder, por mais espaço. A Rua Grande, hoje Praça Tancredo Neves, foi palco principal de grandes batalhas.

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Somos frutos de muita diversidade cultural. Cada eleitor, cada cidadão conquistense, terá o mesmo valor no próximo dia 29 de novembro. Zé Raimundo e Herzem Gusmão sabem disso.

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Por isso mesmo os dois devem estar preocupados em atrair para os seus balaios eleitorais, cestas (não confundir com bruacas), os votos que foram destinados a Salomão, Maris Stella, Ferdinand, Romilson e Herling no primeiro turno.

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Foram quase 12 mil votos que impediram que a eleição fosse decidida no primeiro turno. Esse universo de pessoas evitaram que Herzem continuasse governando a cidade por mais quatro anos ou impediram que Zé Raimundo e o PT retornassem ao poder.

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Zé e Herzem, Herzem e Zé, não importa a ordem, eles dormiram mais tarde, ou não dormiram, procurando entender o que as urnas lhes disseram.

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Os dois vão buscar atrair esses importantes eleitores que, democraticamente, preferiram escolher outros projetos. É preciso que todos nós entendamos isso.

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A pluralidade de Conquista remonta a sua descoberta, já se vai muito tempo desde quando aqui aportou João Gonçalves da Costa e enfrentou os índios:

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A nossa catedral Nossa Senhora das Vitórias foi erguida, segundo contam os historiadores, depois de muito derramamento de sangue. Portanto, uma grande cidade só é construida após muitas mãos se movimentarem.

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Herzem nasceu aqui, foi criado aqui, é Gusmão, uma das raízes da terra de Elomar, Glauber Rocha e Heleusa Câmara. É, portanto, o filho da terra. Enquanto que Zé Raimundo veio de fora, fincou o seu pé aqui e tornou-se Cidadão Conquistense.

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Os dois ofereceram e podem oferecer muito mais por Conquista mesmo em situações distintas?

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São os milhares de conquistenses que não foram às urnas no primeiro turno e que poderão ajudar o próximo prefeito, com o seu voto, administrar a cidade.

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Os votos que estão na mira de Herzem e Zé Raimundo valem ouro, são quase 12 mil, cada um terá o seu argumento para puxá-los para si.

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Já dissemos acima: o que será julgado é o projeto de cada candidato, suas propostas do que será realizado e o que já foi feito nos seus tempos distintos.

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A disputa está acirrada, está boa, esperamos que nesse segundo turno o conquistense assista a um debate civilizado e republicano.

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As articulações já começaram logo após o resultado das urnas serem apresentados.

Quem sair na frente leva vantagem. Esqueçam os compromissos ideológicos, sejam razoáveis, faz tempo que a política brasileira cumpre esse espírito “puro” de construir alianças.

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Os eleitores de Salomão votarão com quem? Escolherão Zé ou Herzem? Ou se absterão considerando que já cumpriram o seu papel no primeiro turno?

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A mesma pergunta cabe aos que votaram em Romilson, Maris Stella, Cabo Herling, e Ferdinand. Eles entendem que já cumpriram o seu papel?

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A Câmara Municipal, a que foi eleita e assume a partir de janeiro de 2021, apresenta uma série de novidades e que merecem ser observadas aqui.

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Por exemplo: o que justifica, explica ou mesmo representa as sucessivas eleições da vereadora Lúcia Rocha? São oito mandatos consecutivos e sempre em primeiro lugar. Que fenômeno é esse?

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De olhos verdes, pele branca, cabelo rastafari, de família tradicional e consegue ser o segundo mais votado do pleito? Estou falando do advogado Alexandre Xandó, músico, fundador do grupo Samba de Mesa e deixa um recado aos seus colegas de partido, o PT.

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Começa aí uma renovação natural dentro da sigla? Xandó e a vereadora Viviane Sampaio, reeleita, deverão trocar olhares de cumplicidade dentro do Legislativo.

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Gilmar Ferraz, Álvaro Pithon, Edvaldo Ferreira Júnior, Gil de Herzem, Arlindo Rebouças, por que não chegaram lá?

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E Kêu Souza, jovem negra, conseguiu uma extraordinária votação e impressiona a todos. Afinal, quem é você, menina? Kêu foi candidata à vereadora pelo PSOL e obteve 1.115 votos.