O isolamento está sendo flexibilizado, mas a Covid-19 continua matando
O ser humano precisa saber esperar, ter paciência, impor limites a sua pressa de seguir a vida. A pandemia não acabou, é preciso que todos nós nos conscientizemos dessa realidade.
Vitória da Conquista pode se orgulhar da sua população, é o que ouvimos das autoridades médicas da cidade e também nos comentários no meio de conversas entre os munícipes.
A nossa gente cumpriu e foi exemplo ao assumir um comportamento civilizado e responsável cumprindo as determinações do Comitê Gestor, principalmente no que se refere a higienização e uso de máscara.
Já se passaram seis meses, choramos muitas mortes, muitos parentes e amigos foram enterrados sem as nossas presenças. As salas de aulas foram fechadas, o comércio baixou as suas portas, acabaram os shows e eventos, até mesmo as consultas médicas foram adiadas. Os templos religiosos, as igrejas, ficaram vazias, as orações, os agradecimentos à Deus foram feitos de forma solitária. Eventos tradicionais como a Festa da Padroeira Nossa Senhora das Vitórias e a Semana Espírita não aconteceram como nos anos anteriores.
Depois de algum tempo, como se recobrasse do susto, a vida começa a seguir a sua rotina, a flexibilização aconteceu gradualmente, só que muitos estão indo com muita sede ao pote, perdendo o medo e partindo de forma desenfreada para ir fazer compras, se divertir, como se tudo tivesse voltado ao normal. Só que o vírus continua matando, mesmo tendo diminuído a sua presença assassina entre nós.
Segundo os historiadores, a pior pandemia que o mundo presenciou foi a gripe espanhola, em 1918, que veio em três ondas, e foram nas duas últimas que morreu mais gente. Portanto, é preciso muito cuidado nessa volta de reabertura do comércio e de outras atividades que são imprescindíveis para a vida seguir tranquila e normal.
Com a proximidade das eleições, as autoridades do estado e dos municípios não podem relaxar, não devem permitir que a população aja como rês desgarrada e corra “atrás do prejuízo” sem nenhum critério. Mais que punir, o melhor é educar.
Torcemos para que o mundo volte a produzir, volte a viver normal.