O CRISTO DA CHAPADA DIAMANTINA: uma visão criativa de esperança
Duas semanas atrás, fim de tarde, no auge da PANDEMIA, precisando imprimir um pedido de revogacão de prisão, descobri que a minha impressora estava sem papel.
Com o comércio fechado e sem poder comprar papel, me desloquei à recepção do Hotel Chapada, onde solicitei a doação de uma resma de papel e fui prontamente atendido com a gentileza de costume.
Estava de máscara e tomei todas as cautelas de prevenção sanitárias, com uso de álcool gel, retirada das roupas ao retornar para casa e lavagem das mãos com água e sabão.
Na porta do hotel, ao olhar a BR242, no sentido de quem vai para cidade de Ibotirama avistei a pedra mais alta de Seabra e elogiei o lindo por do sol a um cidadão Seabrense que estava naquele local. Foi um cidadão que não recordo o nome, mas irei descobrir.
Naquele instante o cidadão Seabrense me disse: – queríamos construir na pedra mais alta, onde é possível avistar aquele lindo por do sol a imagem de Cristo, tão linda quanto a de Mário Cravo em Conquista e tão atraente quanto a do Redentor no Rio de Janeiro. Seria o Cristo da Chapada Diamantina, mas ninguém apoiou.
Imediatamente eu disse ao cidadão Seabrense: – Não só apoio, como faço campanha.
Concordei: – realmente pode ser uma linda imagem de um Cristo da Chapada Diamantina.
Antes de concluir a conversa com o cidadão Seabrense eu lhe disse que a partir daquele instante estaria iniciando uma mobilização para convencer mais pessoas, cidadãos e cidadãs, autoridades, sacerdotes e quem mais se interessar.
Relatei que um mutirão para o projeto da construção da imagem de um Cristo em Seabra pode reacender o Espírito Público da Comunidade e fortalecer que somos capazes de realizações coletivas, que adiante pode nos levar a promover a empresa de saneamento e revitalização dos Rios Cochó, Campestre e Prata.
O espaço apontado pelo cidadão Seabrense para construção da imagem de Jesus Cristo precisa ser zona de proteção ambiental e assim como a Serrra do Peri Peri em Conquista, que abriga o Cristo de Mário Cravo e ladeia a BR116, a área de Seabra é do lado da BR242 e pode servir em igual maneira de orientação, proteção e conforto aos viajantes da rodovia.
Notei que a imagem de Seabra pode ser bi-dimensional, voltada ao leste para o litoral e ao oeste para o Sertão, ou seja uma imagem do Sertão para o Litoral e do Litoral para o Sertão, convergindo com os conceitos dos Romancistas João Guimarães Rosa e Osório Alves de Castro.
Por sua vez, a imagem do Cristo da Chapada Diamantina pode vir a ter uma face para o Morro do Pai Inácio e a outra face para o Rio São Francisco, com o olhar de um lado para Seabra e do outro lado para Brotas de Macaúbas, a terra do Geógrafo Baiano Milton Santos.
Então pensei: E se Jesus Cristo fosse Brasileiro? Como ele seria? É isso, não consigo imaginar um Jesus Cristo Brasileiro, Baiano, da Chapada Diamantina com outras feições que não sejam semelhantes a do Geógrafo Baiano e Livre Pensador Milton Santos.
Bem, a idéia está lançada, espero não ser incompreendido. Que bom seria a imagem de um Jesus Cristo em Seabra pela esperança de dias melhores ao Povo da Chapada Diamantina. O Povo de Seabra que em verdade criou e pensou na proposta, à qual apenas incorporo sugestões.
O Professor Milton Santos foi um homem sagrado, reconhecido com o Prêmio Vautri Lud, o Nobel da Geografia, ao que sua obra precisa ser lida e relida, bem como, posta em prática para garantir o futuro da nossa existência nas cidades contemporâneas e homenagea-lo à imagem e semelhança de Jesus Cristo pode ser uma visão criativa de esperança.
Muito bem! Adorei a idéia e qdo se faça este multirão, eu tb quero colocar o meu graozinho.