0174AD99-3585-4EC9-94BD-49E20EBA744F

Para mim já seria uma tragédia anunciada, nunca tive dúvidas disso, mas desestimular, criticar, se colocar contrário também seria um desastre. Seria como descer a Serra do Mutum, próximo à Jequié, com uma carreta desgovernada e sem freios.

O esforço do movimento de trazer a discussão para que a cidade tome conhecimento de que estamos na contramão do progresso foi válido, mas o resultado eu já sabia que seria um WO sem precedentes. O adversário não viria a campo, por isso a Via Bahia esteve ausente na reunião, a não ser para subestimar a inteligência das representações que estiveram presentes na sede da OAB, a convite de José Maria Caires. Foi um circo, onde os palhaços não estavam no picadeiro, mas sim na plateia. É o que poderíamos definir aquele quadro.

O sudoeste, Conquista, foram pedir socorro e acabaram como possíveis defensores da Via Bahia. Foi isso que o seu representante deixou claro: “ou vocês pedem por nós, ou jamais a BR será duplicada, é preciso que o contrato seja revisto. É melhor vocês pedirem por nós, senão nós vamos embora”. Soou como uma ameaça para a plateia, eu interpretei como uma advertência. Onde está o dinheiro arrecadado com o pedágio? As primeiras perguntas foram técnicas, depois os ânimos acirraram.

“Olhe, agradeço o esforço de cada um que veio até aqui, mas lamento dizer que a Rio Bahia não será duplicada, já antecipo o resultado final desse encontro”. Essas palavras ditas pelo articulador do Duplica Sudoeste me deixou intrigado. Por que então aquela reunião? Nem o próprio realizador do evento acreditava na frieza do representante da Via Bahia.

A ANTT, coitada, de órgão fiscalizador passou a ser, como se diz popularmente , “suvaco de aleijado”, sofreu demais, apanhou igual “cachorro doido”. O jovem representante da ANTT só olhava, atônito, fitava o horizonte e queria que terminasse tudo para ir embora e levar ao conhecimento do titular do orgão o que ele ouviu da Via Bahia e dos conquistenses através das suas representações.

E por que só agora o clamor parlamentar chegou aos ouvidos da Via Bahia? A bancada baiana não tem conhecimento da indiferença da Via Bahia com a nossa cidade e também com o sudoeste? Os nossos deputados não sabem que já era pra ter sido duplicada a BR 116? A ANTT foi criada a partir do atual governo federal? Claro que não.

Um pleito como esse não é desafio para apenas um deputado participar, como foi o caso de Daniel Almeida, do PCdoB. Não é apenas para Nonô, Zé Raimundo e Fabrício. Isso é compromisso de todos os deputados votados em Conquista e na região, precisaríamos ter na mesa o prefeito Herzem Gusmão, o governador Rui Costa, ACM Neto e todos aqueles que entendem que duplicar a Rio Bahia é tão importante quanto a construção do aeroporto Glauber Rocha.

A duplicação da Rio Bahia faz-se tão necessário quanto foi a construção do aeroporto, quanto será a imediata resolução do nosso problema de falta d’água. O governo do estado já anunciou, esperemos pois.

O Duplica Sudoeste não pode parar. Vamos pra frente! “E agora, José?” Qual será a próxima?