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O domingo de Páscoa serviu para que a humanidade fizesse reflexões, aqui no Brasil, país por demais cristão, temente a Deus, com certeza o povo curvou seu corpo.

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Na nossa cidade, a comunidade católica realizou um dos seus mais belos atos de fé cristã de toda a sua história. Capitaneados pelos padres da Paróquia Nossa Senhora das Vitórias, os fiéis ofereceram um espetáculo de entrega total à prática de amor e perdão ao próximo

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Além das tradicionais celebrações, missas, procissão, os seguidores da palavra de Deus reafirmaram que a Páscoa não é simplesmente a troca de ovos de chocolate, mas, principalmente, o reconhecimento de que Deus está mais vivo do que nunca. Reconciliações familiares, entre amigos, os políticos também investiram no sentimento de reaproximação.

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Embora as tradições demonstrem que no campo político esse espírito dura pouco, dura no máximo um mandato de prefeito, não podemos esconder que nós da imprensa temos que crer, deixar de sermos muito céticos e acreditarmos no milagre.

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“Essa Páscoa me fez refletir. Preciso pensar na nossa cidade, tenho que esquecer as diferenças políticas e ajudar o nosso prefeito. Eu mesmo liguei para ele, ele me ouviu e agradeceu”. Disse através de mensagem um experiente político que trará junto de si mais um monte de insatisfeitos de volta a base do governo Herzem, segundo ele próprio.

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E o interlocutor continuou a sua escrita dizendo-se completamente convencido de que está agindo em benefício do projeto que elegeu o atual prefeito: “a troco de quê muita gente está reproduzindo notícias negativas em relação a administração municipal?”

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Trataremos com mais vagar desse assunto, dessa nova conjuntura que cresce dentro do cenário da sucessão municipal. Pelas notícias que nos chegam, quase que diariamente, “não podemos permitir que o PT volte a governar a cidade”, dizem.

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Portanto, deixemos para as próximas Curtinhas! essa marcha, porque hoje falaremos do retorno à cidade do ex-prefeito Guilherme Menezes, conforme prometemos em matéria publicada no nosso Blog Agito Geral na semana passada.

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Sim, o médico que conseguiu levar o Partido dos Trabalhadores ao poder em Vitória da Conquista liderando uma frente partidária idealizada pelos professores José Raimundo Fontes, Waldenor Pereira, Wilton Cunha, Geraldo Reis, Emilson Piau e Geraldo Botelho, dentre outros, já está na cidade. Veio com a esposa na expectativa de enfrentar o prefeito Herzem Gusmão numa disputa épica na tentativa de retornar ao comando administrativo da capital do sudoeste da Bahia.

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Lá atrás o ex-prefeito já me dizia quando o entrevistei: “É muito cedo para falarmos de sucessão, são amigos e companheiros generosos que lembram do nosso nome”, salientou nem confirmando e muito menos negando.

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Dentro do partido, nas bases, nas siglas partidárias que deram sustentação ao projeto que governou Conquista durante 20 anos, já não escondem que os nomes de Guilherme e Zé Raimundo são os únicos capazes, eleitoralmente, de enfrentarem o prefeito Herzem Gusmão, antigo companheiro de grupo.

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Aguardo uma resposta de Nailton Prates, um dos nomes de confiança de Guilherme Menezes, para uma entrevista, só que ainda não temos resposta, gostaria de ouvir dele mesmo se já definiu a pré-candidatura.

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Ouvirei dele, dentre outras coisas, se não descartar de vez, o seguinte: “eu sou homem de partido, é lá que é a instância para decidir. Sempre que fui convocado, discuti com os companheiros todas as minhas candidaturas”.

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Será se o ex-prefeito está disposto a enfrentar mais uma maratona eleitoral como candidato? Ex-assessores, admiradores e até os partidos coligados, como PCdoB e PSB, admitem que só os dois, Guilherme e Zé, devem enfrentar o gestor do MDB para não correr riscos.

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Essa compreensão contradiz o que afirmam os eleitores do campo de esquerda e até nomes do staff político: “quem enfrentar Herzem vence, e no primeiro turno. A administração dele não é ruim, mas as ações políticas são desastrosas, estão brigando muito”, afirmavam.

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Hoje a ideia é outra. Já não alimentam mais a possibilidade de lançar um nome novo. Até recorrer ao nome do deputado Waldenor Pereira como opção se não foi descartada, pode ter esfriado. Quem defende Nonô, principalmente, é Zé Raimundo: “O nome de Nonô é o ideal, eu e Guilherme já contribuimos, agora é a vez dele”, me disse o deputado após uma entrevista ao programa Agito Geral.

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Guilherme deixou a representação política em Brasília, ele foi indicado pelo governador Rui Costa para intermediar os interesses do estado junto ao governo federal ainda no governo Dilma.

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Ele voltou, já está na cidade, recluso, talvez, nesses primeiros dias. Trouxe na bagagem, no alforge, no embornal, ou simplesmente na manga da camisa, para ser mais objetivo na mente, uma ideia: não será candidato, mas deixará “tudo em casa”:

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Na semana passada, em conversa com dois políticos de esquerda, dois homens ligados a área da educação, um do PSOL e outro do PT, me asseguraram:

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“Guilherme não será candidato, ele apresentará sua esposa, Dona Josete, como opção em seu lugar. É uma grande jogada, é mulher, é militante e é carismática”, declararam.

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No dia seguinte encontrei com outro membro do PSOL no colégio onde os filhos estudam. Perguntei-lhe: “E aí professor, o partido lança candidato? Ele prontamente respondeu-me: “Lança, sim! Temos vários nomes”, e continuou sem eu perguntar:

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“Essa eleição terá muitos nomes, inclusive, o nosso”, e aí encaixei a pergunta: mesmo com o PT lançando? “Claro! Já temos grande nomes para a Câmara e também para a prefeitura”.

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Ele admite também que hoje a disputa acontece entre Herzem e o candidato do PT. “Hoje”, ele salienta dando ênfase. E emplaca: “nossa candidatura vai crescer, vai ganhar densidade”, aproveita o ensejo e traz a novidade que eu soube no dia anterior: “O PT traz uma novidade, Guilherme não será candidato, já definiram pelo nome da sua esposa. Não fale que eu te falei, mas pode publicar”.

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Essa possibilidade passa pela aprovação dos deputados Zé Raimundo e Waldenor Pereira? O próprio partido enxerga como o nome ideal? Ou recorreria a um nome novo como sugere Zé Raimundo?

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Em entrevista a um blog da cidade, desculpem, não me lembro qual, sugere alguns nomes, como por exemplo: Fernando Jacaré, Márcia Viviane, vereadores do partido, além de Jaymiltinho Gusmão, da psicóloga Monalisa Barros e também do empresário Célio Barbosa.

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Os cacos, os estilhaços, todos os fragmentos esparramados, podem se juntar novamente, de um lado e do outro. Política tem disso, tem birras, tem embates, mas tem também os momentos de reconciliações, de perdões, de recomeços. A Páscoa, assim como o Natal, possue essa magia capaz de unir os homens. Está “consumado”, como diz, a história da Páscoa. O nome do PT será Josete Menezes para enfrentar Herzem Gusmão?