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Bell deixou o Chiclete no momento em que todos apostavam que era a hora de se juntar, de união, e que a “roupa suja deveria ser lavada em casa”, mas não, ele contrariou todos aqueles que previam ou pregavam que seria um suicídio, seria enterrar uma carreira vitoriosa, cheia de sucesso ao lado de dois irmãos e grandes amigos da música.

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Bell estava certo do que estava fazendo, ele tinha certeza que a sua decisão de partir para carreira solo lhe abriria novos percursos para o seu trio percorrer. Sabia que a vida é feita de desafios, ou você acredita, ou deita, fica na horizontal, ele preferiu alçar novos vôos, deixou o Voa Voa e criou o Vumbora, partiu para novos sonhos. Recomeçou, foi pra cima, como um juvenil que está no banco, atende o chamado do treinador e lança-se em busca de um gol salvador. Os Bellzeiros responderam em uníssono: “vamos, Bell, estamos juntos, siga em frente!”

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Estou precisando de mais 40 anos, os 40 passados ficaram para trás”, disse Bell Marques, com os olhos lacrimejantes, à reporter da Rede Bahia em cima do trio. Os seis dias de carnaval de Bell foram marcantes para ele e para o carnaval de Salvador, que protagonizou, talvez, a sua melhor edição. Parece que todos perceberam que a música baiana é que nos deu “régua e compasso”, foi ela, ela sim, que nos projetou musicalmente para o Brasil e boa parte do mundo. Foi o nosso axé que, com o trio elétrico, invadiu as ruas das capitais e cidades brasileiras mostrando que só o baiano é capaz de promover tamanha alegria.

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Nos 40 carnavais de Bell ficou muito claro para todos que ele é o grande timoneiro do nosso ritmo, ele ressurgiu com toda sua força, tal qual uma Fênix, e afirmou: “temos mais quatro décadas de reinado”. Os foliões agradecidos só esperam chegar 2020 para mais uma vez seguir o campeão do trio elétrico. Vida longa, Bell!!!