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Ontem no final da tarde uma voz rouca, sonolenta, ininteligível, me chamou ao telefone: “você não vai lá não, saí de lá agora”. De onde, rapaz? “Da Polícia Federal, o prefeito está lá depondo. Mandei no seu zap”. Assustei, claro, não vimos durante o dia nenhuma movimentação que justificasse uma notícia desse tipo.

O muro que a prefeitura mandou derrubar através da máquina da Secretaria de Obras foi erguido já faz um bom tempo, mas só agora a admistração autorizou a demolição. A responsabilidade da obra era do Ministério Público do Trabalho, onde construiria a sua nova sede. A prefeitura justifica a ação por se tratar de área de preservação ambiental em decreto assinado pelo prefeito Herzem Gusmão. E foi mantido o embargo.

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O MPT não sabia do impedimento? Ou sabia e entende que ali não faz parte da área preservada? Não podemos entender que o orgão agiria de forma arbitrária. Temos certeza que não. E a administração agiu corretamente em autorizar a demolição?

“O pau que dá em Chico, dá em Francisco”, assim afirma o ditado popular. Talvez justificando ações parecidas em bairros populares quando casas foram demolidas por serem construídas em terrenos de área de preservação. São os rigores da lei. Cremos que tudo será resolvido.