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Estiveram ontem no nosso programa Agito Geral concedendo entrevista a neuropediatra Lorena Oliveira de Araújo, do Instituto Glass, e o estudante Arthur Andrade de apenas 15 anos, ambos falaram do comportamento dos adolescentes nestes tempos modernos, do acesso à informação e também de qustionamentos junto aos pais, professores e a própria sociedade.

Dra. Lorena discorreu sobre o que acontece com a permissividade exagerada por parte dos pais, o que tem trazido sérios problemas na formação da meninada. “Os filhos estão acostumados a receberem tudo muito facilmente, nada lhes são negado, o que é um equívoco. As crianças e os jovens precisam de limites, se eles conseguem tudo que querem, ficarão frustados quando a vida lá fora lhe disser não”. Com bastante experiência no atendimento a jovens de até 21 anos, explica que é preciso impor limites, sob pena de criar filhos achando que podem tudo.

Arthur interveio na conversa e entende que “os jovens precisam ser reconhecidos como pessoas, como gente, como seres que pensam, agem e sentem. Nós temos desejos, precisamos ter oportunidades e sermos valorizados nas nossas casas e nas escolas”. Arthur prosseguiu dizendo que “precisamos ser respeitados na nossa individualidade, o acesso a informação tem nos possibilitado seguir o nosso caminho”, no que interveio a Dra. Lorena: “Sim, Arthur, você tem razão em parte, mas não devemos permitir que adolescente viva o seu próprio mundo. É preciso que acompanhemos o dia a dia dos filhos, precisamos intervir, temos que ter acesso ao celular, sob pena de vocês ficarem expostos, vulneráveis e com possibilidades de serem envolvidos por criminosos”.

Um dado preocupante foi apresentado pela neuropediatra que é bastante procurada no seu consultório por crianças e adolescentes com problemas de depressão e também propensos ao suicídio, daí ela afirmar “dêem atenção aos seus filhos, acompanhem dentro de casa e na rua. A ausência dos pais é responsável pela insegurança dos filhos, nós todos temos que ser mais presentes”.

Arthur é o modelo do jovem responsável,  tem opinião, estuda, não tem vícios e já é capaz de traçar o seu próprio destino e ele mesmo diz: “Quero um país onde o estado interfira menos na nossa vida, que cuide melhor da educação, que invista no ensino fundamental. Este é o país que espero, que dê oportunidades para todos”. Encerrando o bate papo Dra. Lorena evidenciou: “às vezes recebo jovens no meu consultório que me dizem: a dor que sinto na minha alma, preciso substituir pela dor física, e me apresenta os pulsos cortados propositadamente”, encerra a médica que anunciou também a realização de uma palestra no Instituto Glass sobre Alzheimer, cuja inscrição é a doação de fraldas geriátricas. O evento acontecerá amanhã às 18h no Instituto Glass, Pracinha do Gil.