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Morre aos 91 anos o ex-governador da Bahia, Waldir Pires, um cidadão comum que mesmo chegando ao cargo máximo da política baiana, não se absteve de disputar os votos dos soteropolitanos para continuar defendendo as liberdades democráticas na Câmara Municipal de Salvador.

A esquerda poderia ter feito mais por ele, evidenciado o seu nome, feito-lhe justiça, dizendo aos jovens que o PT teve nos quadros homens como ele, que o partido não é composto apenas por oportunistas e adesistas. Falei isso, sugeri, recomendei que fizessem com ele vivo, no exercício do mandato de edil para ele saber que não foi em vão a sua luta. Minha conversa foi com membros de militantes da cidade, no comando de cargos partidários. E não foi apenas para prestar honrarias a Waldir, mas também a outros nomes que pouco a pouco vão caindo no esquecimento.

“Não quero ver os baianos sem educação, sem levantar a sua voz contra as injustiças que se abateram sobre a nossa gente. Não quero ver as crianças da Bahia tristes, com fome, quero vê-las com as bochechas rosadas, alimentadas e felizes”, foram as primeiras palavras que ouvi de Waldir e que me encantaram. Ele as proferiu em Jequié num comício que dava início a sua campanha vitoriosa ao governo da Bahia. Fui a convite de Pedral, Cori e Raul, que também caminhavam para o comando político e administrativo de Vitória da Conquista.

Partiu um grande homem, idealista, correto, um estadista, fará falta a todos que praticam a política como um sacerdócio, como uma missão de vida.