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Parecia uma cidade fantasma, o comércio vazio, nāo vimos o corre corre diário pelo centro da cidade. Bancos sem filas, não se via um cruzar de gente como é comum em dias normais na capital do sudoeste da Bahia. Silêncio total. Som de algumas vozes que ecoavam da Banca Central, instalada na Praça Barão do Rio Branco. João Ferraz, o proprietário, queixou-se do movimento: “está tudo parado, nem as figurinhas do álbum da Copa está vendendo”, disse o apaixonado flamenguista.

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Sem dúvidas, parecia uma cidade fantasma que víamos nos filmes do velho oeste. Até o vento uivava nos nossos ouvidos no dia frio de ontem. Quando menos esperávamos, na esquina do Banco do Brasil, surgiu o primeiro pelotão de um desfile que não parecia ter fim protagonizado por uma massa inconformada com a situação de calamidade que Vitória da Conquista vive assim como o resto do país.

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Primeiro foram os ciclistas, depois apareceu o pelotão de motos, a seguir centenas de automóveis proporcionaram um barulho ensurdecedor com um buzinaço que parecia não ter fim. E pra fechar o cortejo, caminhões ostentavam de forma deliberada faixas pedindo Intervenção Militar Já. Nas calçadas brotavam pessoas, nas janelas também, e todas esboçavam sorrisos de aprovação. O movimento de ontem tinha nome, tinha cara e sabia o que queria. E sem cerimônia.