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Os grandes bailes carnavalescos, Festa das Rosas, Festa das Debutantes, além dos memoráveis torneios esportivos, faziam parte do calendário do Clube Social Conquista, construído na Praça Sá Barreto e que ao longo do tempo foi perdendo o seu encanto, a sua magia e os títulos patrimoniais deixaram de ser objeto de desejo da sociedade conquistense. Adquirir um título do Clube era mais, muito mais difícil que comprar um carro do ano em mãos dos saudosos empresários Ademar Galvão, Renato Rebouças e Hormindo Barros. Era necessário mais que o dinheiro, só não era impossível aos pecuaristas que negociavam cabeças de gado na grandiosa Exposição Agropecuária que continua até hoje fazendo sucesso. O pretendente ao título teria que passar pelo crivo, pela aprovação de um seleto grupo da sociedade local que definia quem poderia desfilar pelo salão do magestoso clube.
O clube foi se esvaziando, os seus associados mais tradicionais já não o frequentavam, os títulos perderam o valor, o boliche deixou de ser novidade, Paulo Leão, Tom Tom Flores, Franz Borba, Bebeto Quadros, Albene Ismar e os irmãos Bira Bigode e Wita Manola já não se empolgavam tanto com o esporte que movimentava tanto as noites de Conquista. Num piscar de olhos o clube fechou, foi a leilão, de forma rápida a estrutura veio ao chão.
A Pel Construtora, de propriedade de Pedro Liberal Batista e do seu primo Lucas Pithon, arrematou e ficou a imaginar o que construiria no local. O Banco do Nordeste tentou oferecer a cidade um Centro Cultural, vislumbrou naquela praça o local ideal, já estava tudo encaminhado junto ao prefeito Guilherme Menezes, mas uma ação do ex-prefeito Raul Ferraz impediu a instalação. O prefeito Herzem Gusmão assim que assumiu a prefeitura, procurou a Pel e manifestou interesse em permutar aquela área com outro terreno de propriedade do município. Herzem foi rápido na sua pretensão, encaminhou o projeto à Câmara e conseguiu a unanimidade dos vereadores. Foi batido o martelo, negócio fechado.
A área do inesquecível Clube Social pertence ao município, ali, segundo o prefeito anunciou, será edificada uma linda praça, com muito verde e área de convivência, “queremos uma cidade para pessoas”, propaga o gestor na defesa da sua ideia. O presidente do Legislativo conquistense, Herminio Oliveira, formou um exército junto com os seus pares e defende junto ao Executivo a construção da praça.
Quem sabe ali não contaremos também com o imaginado Centro Cultural proposto pelo BNB? A Câmara tem força e voz, além de tudo, foi parceira do Executivo nas negociações da permuta dos terrenos. Uma coisa é certa: nunca mais subiremos a Rua dos Andrades para tomar banho de piscina, bater um baba, ou mesmo se divertir nos antigos carnavais promovidos pelas diretorias do Clube, que teve no empresário Agenor Liberal Batista um dos seus grandes presidentes.