8B54BB4E-8FF4-4F7D-B59F-702352EEED90

Nas décadas de 70 e 80 Vitória da Conquista realizava grandes festas de Carnaval e Reveillon. Os clubes movimentavam a cidade com grandes bailes carnavalescos, empolgando a juventude com os “gritos de carnaval” a partir do mês de novembro. Clube Social Conquista, Serrano, Country Clube e 13 de Maio disputavam a preferência da nossa sociedade e segurava a nossa juventude para aquela que era considerada a melhor festa de momo da região. Bons tempos, boas lembranças.
É bom lembrar que o Clube Social Conquista realizava três sessões durante os três dias de carnaval: matinal, matinê e a festa noturna com grandes concursos de fantasias. Na rua, os blocos Apaches, Blokfé, Tengo Tengo, Brokão e Brokets disputavam a preferência dos jovens.
Em seguida surgiram o Massicas, Snobs, Executivos, Ticronays, Bloco Beijo, É Pra Brincar, Xamego, Pré-Datado, Bebê, Fascinação e Toa Toa. Os seus últimos surgiram já com o advento da Micareta. O Reveillon, o velho e querido Carrascão segurava a galera na cidade.
Tudo mudou, a cidade cresceu e fomos perdendo as nossas referências festivas. Outras culturas de festas foram surgindo naturalmente. A própria Exposição tornou-se uma feira de negócios, mas não perdeu o seu charme, continua no calendário e caminha para quase um século de realizações.
Ontem a cidade já estava quase fantasma, as ruas vazias, os bares e restaurantes idem. Não podemos imaginar que toda a população viaje, são quase 400 mil habitantes, nem todos podem ou querem viajar. A cidade precisa ousar, acreditar no seu potencial. Provoque, atiça a nossa gente, a resposta vem, não tenho dúvidas. Temos estradas, hotéis e está chegando o novo aeroporto. Não deixemos a água escorrer entre os dedos.