Caros leitores do
Blog do Massinha, trago hoje um tema que me deixou bastante curioso e que merece reflexão: por que cidades com populações pequenas conseguem se posicionar melhor no IDEB do que municípios com mais de 100 mil habitantes?

Essa dúvida não é nova, mas foi reforçada após uma rápida conversa que tive com um amigo ligado à área da educação. Ele me trouxe observações interessantes, que passo aqui a compartilhar, mas também faço questão de ouvir os especialistas, os acadêmicos e profissionais da educação que convivem de perto com essa realidade.

Cito alguns exemplos: Licínio de Almeida, Itatim, Jacaraci, Novo Horizonte, Mortugaba, Dom Basílio — municípios com menos de 30 mil habitantes — estão entre os melhores colocados no IDEB da Bahia. Enquanto isso, cidades maiores como Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Ibotirama, Bom Jesus da Lapa, Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Luís Eduardo Magalhães e Barreiras não conseguem alcançar a mesma performance.

E aí fica a pergunta:

• Será que os municípios pequenos têm maior facilidade de gestão por conta da proximidade com a comunidade escolar e da concentração dos recursos humanos e materiais?

• Ou será que as cidades grandes enfrentam maiores desafios devido à complexidade urbana, desigualdades sociais, evasão escolar e problemas estruturais?

Meu interlocutor destacou algo relevante: os grandes municípios recebem mais verbas por conta do número de alunos, mas também enfrentam demanda proporcionalmente maior, o que pode dificultar a aplicação eficaz dos recursos. Já os municípios pequenos, mesmo com menos repasses, conseguem centralizar esforços, acompanhar de perto os professores, gestores e alunos, e garantir resultados mais consistentes.

Esse é um tema que merece ser explorado com profundidade. Aqui no blog e também no programa Agito Geral, pretendo promover uma série de debates — dois, três ou até quatro programas — para ouvir especialistas e gestores, buscando compreender melhor onde está o ponto de equilíbrio, ou, como costumo dizer, onde está o choque.

Convido você, leitor, a refletir conosco. Por que será que cidades menores conseguem se destacar no IDEB?