Fofoca nas redes sociais: mesmo sendo menor de idade, seu filho (ou filha) não está livre de punição. Uma adolescente vive esse drama em Conquista.
Uma notícia que ganhou repercussão ontem, a partir de uma denúncia divulgada pela Polícia Civil, acendeu um sinal de alerta. O alerta é claro: os pais devem redobrar os cuidados com o comportamento dos filhos nas redes sociais, mesmo que sejam menores de idade.
Segundo o delegado Marcos Vinícius, responsável pelo caso, uma adolescente foi identificada após ter divulgado, em redes sociais, conteúdos de chacota, exposição indevida e brincadeiras de mau gosto envolvendo colegas e amigas. As postagens viralizaram e causaram desconforto, tanto para os envolvidos quanto para suas famílias.
De forma responsável, o delegado não revelou a identidade da menor, como manda a lei e o bom senso. No entanto, o caso serve de alerta urgente: ser menor de idade não isenta ninguém de consequências legais ou sociais quando se pratica cyberbullying, mesmo que sob o disfarce de “brincadeiras”.
Ainda que não se possa atribuir “maldade” a um ato impensado de um adolescente, é preciso compreender o impacto que certas atitudes causam. O dano emocional gerado em colegas, a dor dos pais que veem seus filhos humilhados ou expostos publicamente, tudo isso tem consequências reais — e não pode ser minimizado.
A estudante, segundo relatos, é aluna de uma das escolas tradicionais da cidade. Não há, obviamente, culpa da instituição. Mas o caso demonstra que nenhuma escola, pública ou privada, está imune a esse tipo de comportamento.
A lição é clara: não se pode mais usar o celular, as telas, os perfis falsos ou anônimos para disseminar conteúdos que ofendem, constrangem ou ridicularizam os outros. A internet não é um território sem lei.
Felizmente, a jovem foi identificada — e, tudo indica, já se desculpou com os pais e com os envolvidos. Espera-se que o episódio tenha se transformado em uma lição de vida para ela e para todos os que, por ventura, tenham presenciado ou compartilhado o conteúdo.
Fica o registro e o alerta: a responsabilidade digital começa em casa, e os pais precisam orientar, acompanhar e corrigir, se necessário.
”Polícia Civil identifica responsável por perfis utilizados para difamar adolescentes no sudoeste baiano
A apuração reforça a responsabilização por práticas de crimes em ambientes virtuais e a importância da denúncia
A Polícia Civil da Bahia, por meio do Núcleo da Criança e do Adolescente (NCA/Vitoria da Conquista), identificou nesta quinta-feira (29), a responsável pela criação de dois perfis falsos em uma rede social com o objetivo de difamar adolescentes moradoras daquele município. Os perfis chegaram a repostar vídeos com imagens das jovens acompanhados de legendas e trilhas sonoras ofensivas.
Após rastreamento no ambiente digital, a equipe policial localizou o endereço da autora, de 16 anos, que confessou a prática dos atos diante das provas apresentadas e na presença dos pais. O ato infracional é análogo ao crime de difamação cometido por meio de redes sociais. Foi lavrado um Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC) e a adolescente está agora submetida à apreciação da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude do Ministério Público do Estado.
A investigação reforça que crimes cometidos na internet não garantem impunidade e todos podem ser denunciados. A falsa sensação de anonimato nas redes sociais leva muitos usuários a cometerem atos ilícitos, acreditando que não serão identificados. Entretanto, a Polícia Civil alerta que tais crimes podem ser rastreados e punidos conforme a legislação brasileira.
Marcela Correia/Ascom PCBA
29.05.2025”