O que muito se espera é a renovação da música baiana no que se refere ao nosso bom e imcomparável axé, esse ritmo que nos deu régua e compasso.

Luís Caldas, Moares e Caetano com os seus frevos? Humm… digamos que sim… aí veio a dupla Dodô&Osmar (a cronologia é essa mesma?) Sarajane, Laurinha, Laranja Mecânica, Ademar Furta Cor,  Reflexus, Araketu, Olodum, Chiclete Com Banana e foram surgindo bandas e mais bandas, artistas e mais artistas, e a nossa música tocada em cima do caminhão foi ganhando o interior do estado com banda Cheiro, Companhia Clic, que se tornou Daniela, e junto com ela Ricardo Chaves, Asa de Águia, Netinho, Banda Patrulha e assim víamos uma fila enorme de grandes nomes que já invadiam os estados do nordeste.

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Uma fonte que se mostrava inesgotável, e a alegria de tocar e cantar já tinha se tornado um grande negócio, os Irmãos Macedo, as produtoras cada vez mais profissionalizadas não se resumiram às suas bandas, seus blocos. Construíram também os seus trios elétricos e invadiram as capitais e principais cidades do país, difundindo a emblemática frase do poeta Caetano: “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”, e é verdade, quem nunca experimentou essa magia de seguir a Timbalada, o próprio Brown, Jammil, e aí aparece Ivete Sangalo, incendiando tudo, no seu rastro veio Babado Novo e também As Meninas? É gente, viu!? E tem muito mais!

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A Zorra, 5%, Rapazzola, Terra Samba, É O Tchan e Harmonia chegaram como se fossem intrusos, olharam meio desconfiados: “ué, que negócio é esse, invadindo nosso espaço?” Assim reagiu o axé. É sério, esse foi o pensamento de alguns empresários que só olhavam para o próprio umbigo. Uma espécie de reserva de mercado. Imagina! Quem segura o gosto do baiano quando o assunto é arte, cultura e música?

O pagode só veio pra somar, ainda bem que nessa onda surgiu Psirico, Guig Gueto, Parangolé (à época com Leo Santana), e Saiddy Bamba, todos escreveram sua história apesar da resistência.

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Os fãs de Bell Marques, ainda cantor do Chiclete, entraram bem na fita, com a voz parecida com a do líder do cantor que puxava o Bloco Camaleão, surgiram vários grupos como Patchanka, Chicabana, Bandana, dentre outras, cantando os hits da banda número um do axé, e assim a nossa música vinha formando plateia.

A banda Eva, que já contou com Marcionilio, Durval Lelys, Ricardo Chaves, Ivete, Emanuele Araújo, Saulo, e hoje está com Filipe Pezzoni, foi uma prova que cabia todo mundo no caldeirão musical da “boa terra”.

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Só que deu uma parada, a fonte secou. Será? Ainda bem que temos Jau e Pierre, que voltaram a brilhar, Adelmo Casé também é mais uma opção dos “velhos tempos”. Nesse ínterim foram lançados Rafa & Pipo Marques, Lincoln Sena, o novo Babado com Mari Antunes e, por último, Filhos de Jorge, Vina Calmon, no Cheiro, essa é a expectativa do mercado para a renovação do axé que muitos quiseram enterrar.

Se deram mal, os ícones da nossa música retornaram com força e junto com eles as micaretas voltaram fortes. Bell, Ivete, Durval, Tomate, Timbalada, Saulo e Claudinha, principalmente, não param de tocar.

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Renovar é preciso, os herdeiros de Brown, Saulo, Reinaldo e Tonho Matéria estão na ordem do dia, fazendo shows pelas principais cidades do país. Os Filhos da Bahia encantaram os paulistas que foram ao Vale do Anhangabaú, mostrando que a música baiana não tem fim.

Confira as fotos incríveis que o fotógrafo Fred Pontes registrou com suas lentes mágicas.