Eu o conheci na Escola Normal, onde estudamos juntos. Ali agitávamos a cena cultural da nossa querida escola e em seguida avançamos para o seio da cidade.

Avanilton foi “fisgado” pelos mercenas Esechias Araújo e Carlos Jenhova, os dois à frente da Casa da Cultura, que buscavam talentos teatrais dentro das igrejas e dos colégios.

Avanilton dirigia o Grupo Avante Época, através da entidade produziu o monólogo O Rei e o Mendigo, que se apresentava pelos bairros da cidade. O que parecia impossível aconteceu: levamos a peça para ser encenada no restaurante O Candelabro, local frequentado pela alta sociedade conquistense.

O ambiente estava tomado de gente jantando, quando o jovem magro e alto adentrou o salão com um cajado na mão.

Partiu um grande cidadão, um ser humano inquieto, esposo, pai, um homem que trilhou os caminhos da liberdade também correu pelas ruas da cidade como corredor de maratona.

Avanilton partiu e deixará saudades.