33E22107-596B-41E2-83AA-9545F446379D

Quase centenário, faltou um pouquinho, mais alguns anos e ele completaria 100, chegaria a um século de vida. Foram 89 bem vividos, honrados, sempre solícito, paciente, amigo de todos, uma simpatia que não se encontra na “Feira do Paraguai”, é legítima.

Sinhozinho, no diminutivo, mas um homem gigante, criou os filhos, cuidou dos netos, sempre presente com os amigos. Ao lado da sua esposa constituiu uma família unida, nos deixou hoje, partiu e fará muita falta a todos nós.

Apesar da idade, manuseava com maestria os seus instrumentos de trabalho: a tesoura e a navalha. Ao lado de dois filhos, Messias e João, estava sempre a postos no seu ambiente de trabalho.

Frequentado por antigos e novos clientes, o salão é uma espécie de ponto obrigatório de passagem de pessoas ilustres da cidade. Sinhô sempre presente, saudado e cumprimentado por todos.

A sua arte de cortar cabelo começou faz muito tempo, sob o comando do inesquecível José Capitulino Teles. Sinhozinho fez parte do Salão Conquista, onde trabalhou durante muito tempo para em seguida fundar o Salão Bahia onde permaneceu até hoje, quando foi chamado por Deus para junto de Si.

O endereço do Salão Bahia continuará o mesmo, ali já foi chamado do “Beco do Choro”,  talvez agora esse nome ser-lhe-á muito próprio, serão derramadas lágrimas, não de lamentações, mas sim de saudades de um homem que será sempre um orgulho para a sua família e seus amigos.

Vá com Deus, Sinhozinho do Salão Bahia.