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Por Massinha

“Poxa Ricardo, que notícia triste. Nunca mais o vi. A última vez que nos vimos foi acidentalmente na rua em Ilhéus, já percebia o seu abatimento físico.

A cidade perde um grande filho, um rapaz fino e elegante, um gentleman. Não tenho como contar os seus amigos, são muitos, ou melhor, todos que o conheceram tornaram-se seus amigos, pois a todos ele tratava bem. Mas não obstante tudo isso, não posso deixar de destacar os nomes seu, Ricardo, de Demostinho, de Manoelzinho e de Neo, que compunham junto com Sérgio Gordo o maravilhoso staff dirigente do inesquecível Galera de Ilhéus, que tantas alegrias proporcionaram aos ilheenses durante muitos anos. De vocês todos só tenho boas lembranças, foram anos de amizade sadia que permanece até hoje.

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Serjão, como eu o chamava, sempre foi um apaziguador de ânimos, ele não deixava que a disputa acirrada entre o Galera e o Massicas fosse propagada para o campo pessoal, ao contrário, ele sempre tinha uma palavra de carinho para dirigir-se a mim. Quando você me deu essa notícia já na madrugada de hoje, eu ainda estava acordado, pois assistia a triste apresentação do Brasil frente a frágil Venezuela, literalmente falando, e vemos que está tudo mudado, desde o nosso futebol até o mundo das produções artísticas que nos uniram tanto.

Fica registrado essa perda irreparável para todos nós. Ao querido Sérgio Gordo deixo o adeus, já que não pude dar-lhe um último abraço. Vá com Deus, Serjão, você foi um exemplo de ser humano, com certeza foi um ótimo filho, um grande pai e um excelente amigo. Quando alguém ouvir o som do Asa de Águia na Barraca Soro Caseiro, ali estará parte da história do Galera de Ilhéus que propagava o som de Durval ao longo da Soares Lopes. Serjão foi só alegria!”