Depois de decretada a prisão do ex-presidente Lula pelo juiz Sérgio Moro, o Brasil viveu momentos de angústia, de incertezas, acompanhou um filme, um longa metragem. Em frente a TV, parte da população seguia cada movimento dos correligionários e militantes que fincaram pé no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo.

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Lá dentro Lula se instalou, onde permaneceu até se entregar à justiça, ou, pelo menos, aguardou a PF ir buscá-lo sem esboçar resistência. Discursou em cima de um carro de som ao lado de correligionários petistas e de outros petistas. Antes de falar, o ex-presidente circulava de um lado para outro em cima do caminhão, sempre com uma garrafinha de água na mão e bebia aos goles como sempre fez nos comícios e nas manifestações grevistas.

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No mesmo carro de som, Lula acompanhou a missa rezada em homenagem a Dona Marisa, sua ex-esposa. A ex-presidente Dilma participou dos atos. Frei Beto, que chegou a fazer graves críticas ao PT e a Lula, prestou solidariedade ao amigo e dormiu com ele na sede do sindicato.

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“Não vou fugir, vou ficar nas barbas deles para que eles saibam que não tenho medo e vou provar a minha inocência”, disse Lula em seu pronunciamento de quase uma hora.

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Existiu por parte da população um temor de confrontos entre os apoiadores de Lula e os seus contrários, felizmente as manifestações foram tranquilas e discretas. Não se poderia esperar a indiferença do povo, principalmente por parte de amigos e militantes que vêem no nordestino de Pernambuco o maior líder popular de todos os tempos. Já outros afirmam que a passagem do sindicalista pela história da política brasileira foi um grande marco, mas encerrou de maneira decepcionante.

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Não obstante tudo isso, os petistas e parte da esquerda acreditavam que Lula continuava sendo o maior nome para concorrer e ganhar a presidência da República. Se bem que tem muitos que ainda insistem na possibilidade de Luís Inácio Lula da Silva comandar o processo sucessório como cabeça de chapa.

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O PCdoB não ousa sair na frente com Manuela, já anunciada como o nome do partido, mas parece que só pra constar. Manuela é uma jovem deputada do Rio Grande do Sul, reeleita e muito competente e séria, segundo afirmam. Ciro Gomes, talvez o mais afoito e com coragem de dizer “agora sou eu e quero o apoio de vocês”. Geraldo Reis, conquistense e secretário estadual de Meio Ambiente, me disse na ato de apoio a Lula organizado pelos deputados Zé Raimundo e Waldenor Pereira: “O nome agora é Wagner, não temos dúvida”.

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Tem o candidato do PSOL que deve continuar, ou não, com o discurso de que é agora a única opção de esquerda já que “o PT se misturou com o que há de pior na política burguesa do país”. Marina talvez se firme como uma opção à sociedade brasileira de centro-esquerda, até porque já disse: “não podemos negar a extraordinária participação do presidente Lula nos avanços sociais do país, mas ninguém está acima da lei”.

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Enquanto isso, aqui na Bahia o prefeito de Salvador ACM Neto deixou os seus correligionários frustados com a decisão de não mais ser candidato ao governo da Bahia. “É uma decisão muito difícil, mas eu não tenho como deixar a prefeitura de Salvador, esta minha terra que eu amo”, disse o democrata aos prantos.

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Ao seu lado, com o olhar perdido no horizonte, estava o seu vice, o jovem Bruno Reis, fidelíssimo ao hoje presidente do Democrata Nacional, que já se sentia prefeito. E não poderia ser de outra forma. Tudo encaminhava para Bruno assumir o Palácio Tomé de Souza. E não é de agora, faz tempo que a cama estava sendo arrumada.

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“Estamos sem rumo, sem norte. O que fazer agora com as nossas candidaturas?” Perguntam os deputados da base de Neto. Os eleitores também ficaram frustados.

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“Neto alimentou o sonho de todos, nada foi feito para ter um plano B, até porque não existia chance para isso”. “O que imaginamos é que o prefeito tenha criado suspense para valorizar a decisão, seria uma estratégia para criar impacto quando fosse anunciar, mas não, nos deixou na mão”, acrescenta um forte correligionário de Neto na cidade.

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Na quinta-feira já era manchete na imprensa da Bahia a notícia de que Neto decidiu deixar a prefeitura para candidatar-se ao governo do estado. Chapa pronta, tendo João Gualberto como vice, e José Ronaldo e Jutahy Magalhães na disputa do Senado.

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Aqui em Vitória da Conquista foi reproduzida a notícia nos blogs e rádios,  inclusive, com o prefeito Herzem Gusmão na foto, já que participara das articulações.

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Sexta-feira, enquanto o governador Rui Costa assinava a ordem de serviço para a construção da Policlínica Regional junto ao Hospital de Base, a notícia de que Neto voltou atrás da decisão se espalhou como pólvora.

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Conseguiram convencer o prefeito de Feira, José Ronaldo, que disputaria o Senado, a ficar com a missão de enfrentar o governador Rui Costa que concorre a reeleição.

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Toma posse nesta manhã no gabinete Civil da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, José William como novo secretário de Agricultura em lugar de Paulo César Oliveira, que assumirá a pasta de Serviços Públicos em lugar de Ivan Cordeiro, novo titular de Mobilidade Urbana. O ato contará, lógico, com a presença do prefeito Herzem.

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No oeste baiano, mais precisamente na cidade de Canapolis, a chuva abençoada para a agricultura trouxe também problemas para a população da zona urbana, o que levou a prefeita Myriam Oliveira decretar estado de emergência. O deputado José Rocha, filho de Coribe, prontamente se manifestou solidário aos moradores da cidade e já comunicou à gestora que está tomando providências junto aos governos estadual e federal.