Costuma-se dizer, e é verdade, que a vida é um sopro. Quando menos esperamos, o tempo passa, escorre pelos dedos, e percebemos que muita coisa já ficou para trás. A vida é como o vento: não podemos vê-lo, mas sabemos que ele existe e que, de forma célere, nos leva adiante. De repente, quando olhamos para trás, não há mais como voltar, nem o que fazer.

Faço esse preâmbulo para destacar a importância de lembrarmos e homenagearmos, em vida, aqueles que tanto contribuíram para a nossa cidade, para a nossa região e para a nossa história. Em Vitória da Conquista, tivemos e temos personalidades que, no auge das suas potencialidades, se dedicaram de corpo e alma ao desenvolvimento da nossa terra.

Cito, por exemplo, o médico e ex-prefeito Guilherme Menezes, também ex-deputado, figura respeitada pela sua trajetória política e pela contribuição social. Lembro do bravo deputado Elquisson Soares, um dos parlamentares mais combativos que a Bahia conheceu, cuja voz ecoou no Congresso Nacional em defesa do sertão e das causas do povo brasileiro.

Recordo ainda da advogada e ex-deputada Margarida Oliveira, mulher de grande estatura moral, humana e política, que chegou a disputar a vice-prefeitura ao lado de Pedral Sampaio, em uma época marcante para a política conquistense. Recentemente, foi lembrada no desfile de 7 de Setembro, mas sua trajetória merece ainda mais reconhecimento.

Não poderia deixar de mencionar o intelectual, historiador e memorialista Durval Menezes, que tanto contribuiu para preservar a memória da nossa cidade e da região, registrando a história de homens e mulheres que marcaram a vida política, social e cultural da capital do Sudoeste baiano.

Caros leitores, sejamos justos no tempo certo. Independentemente de partidos ou preferências políticas, precisamos reconhecer e valorizar essas figuras em vida, para que sintam o orgulho e a certeza de que valeu a pena lutar e contribuir. É um gesto de gratidão, justiça e respeito à história da nossa terra.