Amigos e amigas, caros leitores do Blog do Massinha, quero dividir com vocês uma reflexão que carrego e que, acredito, todos nós devemos adotar. Sempre defendi que Vitória da Conquista deve assumir o seu protagonismo, valorizar suas riquezas, suas belezas naturais e, principalmente, os talentos que brotam dessa terra abençoada. É preciso reconhecer e exaltar antes que venham de fora nos mostrar o que já era nosso, o que sempre esteve diante dos nossos olhos. Esse erro eu não cometo.

Hoje, portanto, com alegria e orgulho, reforço: a espera acabou! É dia de Edgar Mão Branca no Arraiá da Conquista. E digo mais: no meu entender, Mão Branca é o maior forrozeiro do Brasil, aquele que melhor representa, com fidelidade e alma, o verdadeiro forró, cantando as coisas do sertão, do nosso Nordeste, da nossa Caatinga.

Quero deixar claro: isso não diminui em nada as outras atrações do Arraiá. Todas, nos seus estilos diversos, trouxeram beleza, animação e contemplaram os mais variados gostos. É assim que deve ser: o gosto pessoal de quem organiza nunca deve se sobrepor ao gosto da maioria. E o evento tem sido um sucesso porque conseguiu respeitar essa diversidade.

Mas hoje é especial. Hoje sobe ao palco um artista da nossa terra, um forrozeiro autêntico, de estilo próprio, como poucos têm. Mão Branca, assim como Elomar Figueira de Melo, com seu canto erudito e poético, possui uma identidade única, inconfundível, admirada por quem valoriza a cultura do nosso povo. São dois ícones que nasceram em Conquista e que elevam o nome da nossa cidade.

Quero, com esse texto, mandar um abraço a todos os forrozeiros do Brasil e dizer: Vitória da Conquista se orgulha de Mão Branca, esse grande nome da nossa música. Parabéns, Edgar, por tudo o que você representa e por mais uma vez abrilhantar o nosso São João!