Trago uma notícia que, à primeira vista, pode até parecer inusitada, mas que merece total atenção. A ciência faz parte do nosso cotidiano. Sem ela, não seríamos nada. É preciso termos nossos princípios e valores, sim, mas também é fundamental reconhecer a importância da ciência em nossas vidas.

E é com orgulho que recebemos esta matéria encaminhada pela FASA (Faculdade Santo Agostinho), destacando que alunos daquela instituição estão ganhando repercussão nacional por um estudo brilhante sobre a maconha sintética. A pesquisa traz resultados relevantes para toda a sociedade e, sem sombra de dúvidas, coloca Vitória da Conquista no cenário nacional, com um trabalho científico de grande impacto.

Esses estudantes pesquisaram e divulgaram suas descobertas, que extrapolaram os muros da faculdade. O trabalho ganhou visibilidade e mostrou como a juventude, quando incentivada e bem orientada, pode contribuir de maneira significativa para o debate público sobre temas sensíveis, como o uso de drogas.

Vivemos tempos sombrios, infelizmente. A droga se alastra, especialmente entre jovens e adolescentes. Os pais já não têm o mesmo controle, e as autoridades enfrentam dificuldades. Mas não podemos baixar a guarda. Devemos continuar vigilantes e acreditando em uma juventude saudável, propositiva, como a desses estudantes que se dedicaram a um estudo tão relevante.

Aliás, não apenas a FASA, mas a cidade toda deve se orgulhar. E fica aqui uma sugestão: que esses alunos levem seus conhecimentos além da sala de aula, promovendo palestras nas escolas e espaços públicos para conscientizar sobre os riscos da maconha sintética e também do cigarro eletrônico (vape) — este, um novo e perigoso inimigo silencioso que atinge, principalmente, nossos adolescentes.

Parabéns à FASA e, sobretudo, aos alunos que fazem da ciência uma ferramenta de transformação e proteção da sociedade.

Leia matéria na íntegra:

Pesquisadores conquistenses ganham destaque nacional com estudo sobre maconha sintética

Pesquisa revela que o consumo da droga aumentou 1000% em 4 anos

Vitória da Conquista se destaca, mais uma vez, como referência em pesquisa científica pioneira que avaliou os casos de intoxicação por uso de canabinoides sintéticos, como “K9” e “Spice”, também conhecidos como “maconha sintética”. O estudo publicado pela Folha de São Paulo é assinado pelos alunos pesquisadores do curso de Medicina da Faculdade Santo Agostinho, FASA Vic | Afya, Shayna Aguiar Santana, Artur Almeida Lima , Felipe Silva Leal Barbosa, Fernanda Mata Bitencourt da Silva, além do professor Matheus Santos Marques, e avaliou dados públicos da cidade de São Paulo, onde os casos foram multiplicados por mil em apenas quatro anos.

Segundo Shayna Aguiar, a inspiração para a construção deste artigo surgiu a partir de diversos vídeos e reportagens divulgados nos meios de comunicação que abordavam a chamada “droga zumbi” e o estado de transe gerado em seus usuários. “As imagens chocantes veiculadas nas redes sociais despertaram curiosidade e preocupação: Como essa substância era capaz de provocar efeitos tão intensos no ser humano? Qual seria o cenário epidemiológico relacionado a esse tipo de droga no Brasil? Com essas perguntas em mente, iniciamos uma pesquisa voltada à compreensão da ação dos canabinoides sintéticos”, conta a estudante pesquisadora.

O estudo também identificou o perfil epidemiológico dos usuários, predominantemente homens, jovens e pardos. Apesar do crescimento expressivo, os canabinoides sintéticos ainda são pouco compreendidos, e a maioria dos dados disponíveis provém de fontes oficiais. Isso ressalta a necessidade de aprofundar a investigação científica sobre o tema, dada a relevância social e o impacto na saúde pública.

Professor orientador da pesquisa, Matheus Santos Marques é farmacêutico bioquímico, especialista em saúde pública e ministra a disciplina Sistemas Orgânicos Integrados e Farmacologia (SOI). Ele comenta sobre a importância da pesquisa para o contexto brasileiro, uma vez que há escassez de estudos nacionais sobre a droga, especialmente sobre seu funcionamento, riscos e distribuição geográfica. “Esse estudo ecológico contribui para a evolução do conhecimento ao confirmar, em nível municipal, as tendências globais de crescimento do consumo de canabinoides sintéticos. Dessa forma, é possível compreender melhor a expansão dessas substâncias no território nacional, identificar o perfil populacional mais atingido e promover ações de prevenção, proteção e educação, além de ampliar a compreensão sobre os fatores de risco e as causas da exposição”, reforça o docente.

Para o estudante Artur Almeida Lima: “Ter esse trabalho reconhecido por uma publicação como a Folha de São Paulo representa um marco importante para nós, pesquisadores que dedicamos tempo e esforço à produção de uma pesquisa científica séria e relevante. Ver a repercussão gerada e o destaque dado ao artigo nos motiva a continuar produzindo conhecimento e reforça a importância de se investir em ciência em prol da saúde pública”, celebra o futuro médico.

Sobre a Afya

A Afya, líder em educação e soluções para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br  e ir.afya.com.br.”