É sabido por todos nós, conquistenses e moradores da região, que a duplicação da Rio-Bahia não sairá do papel nos próximos dez anos.

Podem ter certeza: isso não é pessimismo, é realismo, baseado na complexidade da obra, nos altos custos, na burocracia federal e na falta de definição concreta.

Diante disso, só nos resta uma alternativa possível e viável no curto prazo: a construção urgente de viadutos e passarelas.

Não podemos mais alimentar ilusões. Todos sabem disso.

A audiência pública realizada no último 8 de maio em Vitória da Conquista foi uma grande mobilização popular, muito superior ao que se viu em Salvador e Feira de Santana, onde as audiências tiveram presença mínima de representantes políticos.

Em Salvador, pasmem, menos de cinco deputados compareceram. Em Feira de Santana, o número foi apenas um pouco maior.

Já em Vitória da Conquista, estiveram presentes os deputados Waldenor Pereira, José Raimundo, Fabrício Falcão, Tiago Correia, além de um parlamentar da região de Jequié, cujo nome infelizmente não recordo.

Portanto, vamos ser objetivos: não adianta mais perder tempo tentando descobrir o sexo dos anjos. A única solução imediata, prática e indispensável é a construção dos viadutos e passarelas.

E são vários os pontos críticos:

• No Centro Industrial dos Imborés;

• Na região da Urbis 6;

• Na área próxima aos Campinhos;

• Na estrada para Barra do Choça;

• Na Avenida Alagoas, em frente à antiga Cambuí (hoje Hyundai), entre outros;

O que resta é agir. A construção de viadutos e passarelas é inadiável.

Só assim a população de Vitória da Conquista poderá finalmente respirar aliviada e celebrar, de verdade, uma conquista que se persegue desde 1984, quando, ainda como vereador, tivemos a coragem de interromper o tráfego da Rio-Bahia para chamar a atenção das autoridades.

E o que mudou desde então? Nada.

Se não fosse o movimento Duplica Sudoeste, que mantém a pauta viva e pressiona incansavelmente, essa luta já teria sido esquecida pelas autoridades.

Mas não vamos deixar isso acontecer.