O que será dos nossos jovens? Que futuro está sendo preparado para eles? Vitória da Conquista não está fora dessa realidade; ao contrário, a droga já se faz presente em cada praça.
Lembro perfeitamente quando fundamos o Massicas, em Vitória da Conquista.
Nosso principal objetivo sempre foi estar presente nas escolas, promovendo atividades culturais e esportivas para manter a juventude distante das drogas. Queríamos que nossos jovens descobrissem seus talentos, fossem eles artísticos ou esportivos, e pudessem ter oportunidade de mostrá-los à cidade.
E muitos se revelaram em nossos eventos, mostrando que o talento já existia dentro deles, mas era preciso um espaço para florescer. Gincanas culturais, campeonatos de várzea, atividades no Ginásio de Esportes Raul Ferraz… sempre foi uma preocupação constante nossa.
Mas os tempos mudaram. A cidade cresceu, se desenvolveu, e essa nova geração nasceu em um mundo totalmente diferente.
Antigamente, podíamos praticamente contar nos dedos aqueles que se enveredavam pelo caminho das drogas.
Hoje, é quase impossível conter essa onda, mesmo com o esforço das escolas e de muitas instituições. O que está diante de nós é um cenário que assusta e entristece.
Sinceramente, me pergunto: o que será da nossa juventude?
A internet trouxe uma realidade sedutora, mas perigosa. Muitos jovens não percebem as armadilhas que estão caindo.
Por isso, é fundamental que autoridades, pais, educadores e toda a sociedade se unam incansavelmente para mostrar às nossas crianças e jovens que a vida é mais do que consumo, aparência e imediatismo.
Ainda há tempo.
Peço a Deus que as nossas crianças e adolescentes sejam conduzidos ao mundo da leitura, do vôlei, do basquete, do futebol, do judô, do jiu-jitsu, do canto, da música e da arte.
Mas, se não dermos as mãos, se não começarmos dentro de nossas casas a conversar de verdade com nossos filhos, e também com os filhos daquele vizinho ou amigo que precisa de apoio, corremos o risco real de perder uma geração inteira.
Confesso: fico triste e lamento profundamente. Mas ainda acredito que juntos podemos mudar essa trajetória.