Já faz tempo…
duas, três décadas, talvez, no auge do Axé, quando o ritmo baiano já dominava avenidas e praças de todo o país. O trio elétrico arrastava blocos gigantescos, e os nossos artistas encantavam multidões, mostrando que a felicidade estava ao alcance de todos. Bastava vestir um abadá, calçar um tênis surrado e resgatar aquela bermuda esquecida na gaveta. E pronto: era só seguir o trio do Chiclete com Banana, Asa de Águia, Netinho, Banda Eva (com Ivete), Cheiro de Amor, Araketu, Ricardo Chaves, Timbalada e tantos outros ícones do Axé, que lotavam seus blocos nas maiores micaretas do Brasil.

Foi nesse cenário efervescente que, aqui em Salvador, um jovem talento começou a despontar. Com sua voz rouca e uma energia contagiante, ele liderava o grupo Rapazolla e, de Fortaleza, trouxe uma canção que se tornaria um hino: “Coração”, de Dorgival Dantas. Com esse hit, conquistou o prêmio de Melhor Música do Carnaval de Salvador.

Ousado, com os cabelos pintados de vermelho, fazia acrobacias no trio e enlouquecia os foliões. Assim nasceu o nome que o consagrou: Tomate.

Hoje, ele segue mais vivo do que nunca. No início deste Carnaval, está provando que o Axé é um ritmo perene, uma fonte inesgotável de alegria. E, se depender dele, enquanto ninguém soltar as mãos, nada nem ninguém nos fará cair.

Ontem, na Barra, Tomate passou “arrebentando tudo”, cantando seus maiores sucessos e relembrando os momentos que marcaram sua trajetória. Seus hits continuam vivos no imaginário dos fãs e mostram que o Axé segue pulsando forte.

E o melhor de tudo? O Carnaval só está começando! Ainda teremos muito mais Tomate por aí!