Carlos Pitta, você partiu. Ficaremos sem sua presença física, mas seu legado musical permanecerá vivo entre nós. Você fez parte da plêiade dos grandes nomes da música baiana, um dos artistas que marcaram a história cultural do nosso estado com a força do seu talento e a originalidade do seu canto.

Ao relembrar o início da música baiana, é impossível não se emocionar ao recordar tantos nomes que ajudaram a construir essa história. Artistas que brilharam nos palcos, trio elétricos e praças públicas, levando o som da Bahia para além das fronteiras do nosso estado, conquistando todo o Brasil. Mestres, cantadores, poetas e compositores, que, com sua arte, transformaram as ruas da capital e do interior em verdadeiros templos de celebração musical.

Recentemente, perdemos grandes ícones como Moraes Moreira e Zelito Miranda, artistas apaixonados pelo que faziam, que viveram intensamente a música e a poesia nordestina. Hoje, nos despedimos de você, Carlos Pitta, o mestre dos galopes, um dos responsáveis por abrir caminhos para que o Chiclete com Banana e tantos outros nomes levassem a música baiana ainda mais longe, tornando-a uma expressão artística sem fronteiras.

Seus galopes incríveis, cantados e compostos com alma e emoção, fizeram de nós verdadeiros foliões, carnavalescos e micaretescos. E mesmo em meio à tristeza de sua partida, encontramos consolo ao recordar a alegria que você espalhou por onde passou.

A música, a voz e o legado de Carlos Pitta seguirão ecoando nos quatro cantos do estado e do país. Vá em paz, mestre! A Bahia, o Brasil e seus fãs estarão sempre saudosos, mas com o coração grato pelo imenso presente que foi sua arte. Seu canto sagrado será eterno.