Foto: Laécio Lacerda

Se existe uma palavra para definir o artista Roberto Carlos, dentre uma centena, eu o chamaria de GIGANTE!!! O “cara”, com mais de 80 anos de idade, fez uma apresentação de quase duas horas de duração, de pé, esbanjando saúde, firme, simpático, com um humor inteligente e cativante, e com a mesma voz impecável dos tempos da Jovem Guarda.

Durante o dia, o sol brilhou como se o astro rei mandasse um aviso aos conquistenses: “Preparem-se, a noite será linda, vão ao show, não irá chover, talvez um friozinho, típico de Conquista, para manter o charme da cidade e propiciar a todos um acontecimento elegante.”

Ruas próximas ao estádio Lomanto Júnior, local do show, foram interditadas para garantir a segurança do público, e o Simtrans, como sempre, deu cobertura, atuando e mostrando que o poder público não pode ficar indiferente e deve, sim, apoiar um evento como esse.

Polícia Militar, Guarda Municipal, todos presentes para orientar a chegada do público. Aos poucos, as filas foram se formando na área externa do estádio, e com a mesma rapidez que elas se somavam, também se desfaziam, devido à organização da produção do show.

Ônibus conduziam os fãs do artista na parte interna do Lomantão, evitando que os mais idosos descessem a ladeira que leva ao centro do gramado. Milhares de cadeiras em frente ao palco aguardavam os seus ocupantes, que chegariam para curtir uma noite inesquecível.

Com uma tolerância de dez minutos, o artista subiu ao palco, assim como a sua banda, e juntos proporcionaram momentos mágicos que jamais sairão das lembranças de todos que estiveram presentes no bucólico estádio Lomanto Júnior, que recebeu Roberto Carlos três vezes durante a trajetória da vitoriosa carreira do maior artista da música brasileira.

Cremos que essa foi a última apresentação de Roberto Carlos em nossa cidade. O artista reduzirá o número de shows, e é natural que isso aconteça; afinal, RC já passou dos 80 anos.

Ontem, portanto, a cidade de Vitória da Conquista foi marcada por uma noite que ficará na memória como uma despedida cujo símbolo foi a distribuição de flores para as mulheres que saíram apaixonadas pelo eterno ídolo.