Já existe uma preocupação visível no meio dos segmentos organizados de Vitória da Conquista quanto a vinda do gás natural para nossa cidade. O temor é coletivo, desde o setor da indústria, do comércio, da rede hoteleira, dos hospitais, dos taxistas… eles também estão céticos.

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Não queremos e nem devemos ser pessimistas, afinal, foi uma tarde de pompa na sede da Semtre (Secretaria de Emprego e Renda). Lá estavam o prefeito, CDL, Associação Comercial, além da representação industrial, do deputado Fabrício Falcão e também o presidente da Bahiagás, o Luís Gavazza.

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O protocolo foi assinado pelo prefeito Herzem Gusmão, a imprensa registrou, foram palmas, sorrisos, foi uma comemoração compreensível, afinal, o gás natural seria (será?) uma grande vitória para a economia da cidade.

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O presidente da Câmara Municipal, Luciano Gomes, levou junto consigo um grande número de vereadores. Todos eles creem também que não ficará só no discurso o que o governo do estado prometera através do presidente da Bahiagás, e que o ato na Semtre não será em vão.

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Luís Gavazza tem esse compromisso com a cidade, trata-se de um técnico capacitado e comprometido. Ele não nos faltará, nem ao seu partido, o PCdoB, que o indicou para o cargo. Com a palavra o ágil deputado Jean Fabrício.

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Depois da eleição de Isaac Bonfim à presidência do PT municipal, o Partido dos Trabalhadores tenta organizar o futuro que se avizinha, meio turbulento, porque a disputa ocorrida no último dia 08 de setembro deixou algumas sequelas.

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Para o grande público não são perceptíveis, mas dentro do quadro partidário são feridas antigas que não cicatrizam e que afloram quando acontecem disputas eleitorais.
O PT é um partido com diversas tendências, são vários pensamentos, portanto, a democracia interna movimenta a militância.

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Em Conquista, como no resto do país, as discussões estão acaloradas, sejam para escolher os novos diretórios ou para a escolha dos candidatos às prefeituras em 2020.

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O Partido dos Trabalhadores é assim, o debate é constante, diário, ainda mais agora que desceu do poder, que perdeu a presidência da República depois de dois mandatos de Lula e dois de Dilma, não tão petistas assim. Ideologicamente não foram como os militantes históricos, raiz, queriam, sonharam.

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A partir de Lula e José de Alencar, o Brasil experimentou um governo de conciliação nacional, não foi eleito um presidente que pregava a luta armada, não foi eleito um mandatário que colocaria os empresários no paredão.

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Foi eleito Lula, o humanista, o sonhador, voz rouca de um nordestino de pele tostada pelo sol. Um líder inconteste, auto-didata, e que dividia com Roberto Carlos o título de “é o cara”. Aqui também foi descoberto pela esquerda que para governar é preciso um ponto de equilíbrio, nem canhota, nem direita, basta o respeito ao ser humano, priorizar as suas necessidades. Institucionalmente sim, caso contrário alguns setores da esquerda nacional teriam que ficar na clandestinidade e não disputar o voto popular, entrando na disputa como fizeram os partidos socialistas, ou pseudos, eles legitimaram o processo.

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Aqui em Conquista os petistas estão acesos, acordados, vigilantes. E mais que isso, estão rebeldes, já insurgem, querem espaço, questionam a longevidade das principais lideranças a frente de tudo. A disputa interna que ocorreu depois do sete de setembro pareceu um grito de liberdade dos mais jovens que não defenderam apenas uma renovação no staff partidário, mas também que surja um novo nome para disputar a Prefeitura de Conquista.

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Já é ponto pacífico que quem disputará o retorno da “esquerda” ao comando administrativo da cidade é o PT. “Teremos sim o apoio dos outros partidos, nós é que apresentamos os nomes com maior densidade”, me assegurou uma reluzente estrela do 13.

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Guilherme e Zé Raimundo são os principais nomes para a disputa com Herzem Gusmão, candidato à reeleição. Todos, inclusive o deputado Waldenor Pereira, enxergam e defendem os dois como os futuros preliantes dentro do partido. “Eu reconheço nos dois companheiros os principais nomes do partido e que tem a aprovação da população”, me disse Nonô em entrevista ao Agito Geral após o resultado da eleição do PED.

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Ficaram sequelas, a turma que votou em Noeci Salgado não digeriu muito bem o resultado das urnas, a grande diferença favorável ao jovem Isaac Bonfim, candidato apoiado por Waldenor e Zé Raimundo.

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Guilherme e Solla apoiaram Noeci, também recomendado nas redes sociais por Rui Medeiros através de vídeo didático e explicativo. Ouvi algumas explicações que não cabem externá-las aqui, jamais o faria, embora não tenham sido confidências. O que ecoou pelos corredores da Câmara não foi nada republicano.

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“Ou a gente junta os cacos, não só o partido, mas reedita a frente popular, ou Herzem ganha outra vez. Quem quiser que pense que ele está morto”, falou o meu interlocutor gesticulando performaticamente.

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Zé Raimundo e Guilherme não assumem a candidatura, ao contrário. Zé, por exemplo, já me perguntava meses atrás, depois de um bate papo amistoso: “Guilherme é forte, né? Mas poderíamos experimentar um nome novo“, e citou Alexandre Pereira, Jacaré e, parece-me, que Viviane e Cori. Citou também um nome de fora das hostes petistas. E por fim disparou: “E Nonô, será que ele não quer?”

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A mim Waldenor Pereira disse que sim, que não se furtará “se os companheiros Guilherme e Zé Raimundo não aceitarem colocar os seus nomes, eu estou à disposição do nosso partido com muita honra”. O que escrevo foi dito em entrevista à rádio Transamérica 100,1, através do nosso programa Agito Geral, no último dia 09 de setembro, não só amarelo, mas verde também.

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Para Nonô, imagino, é agora ou nunca. Esta será a sua grande chance de disputar a Prefeitura de Conquista, o grande sonho dele e de qualquer político. Dizem até que o ex-reitor da UESB, caso não se inscreva como candidato à prefeito, não mais disputará uma cadeira na Câmara Federal, deve descer de mala e cuia na cidade de Mucugê, onde desfrutará do aconchego da sua casa na terra da Fligê, feira literária que atrai gente de toda parte do país.

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Nonô e Otto Alencar sabem que agora é a hora, ou não será nunca mais. Otto arriscará o Governo do Estado, tem capital para isso. Rui sabe disso e ACM Neto também. Explica-se a seguir, na próxima. Nem sei se é preciso, o nosso eleitor é entendido e inteligente.