:: 30/jul/2023 . 17:12
Rosana Fernandes, atleta do Massicas, pioneira do Futebol Feminino no Brasil, vejam a história dela
Por Rodrígo Olivêira
(Aviso: este texto contém descrição explícita de violência)
Que o futebol feminino, como um todo, passou (e passa) por dificuldades de visibilidade, se comparado ao masculino, é extremamente visível. No Brasil, um Decreto-Lei que vigorou por quase 40 anos e só foi revogado em 1979, proibiu as mulheres de jogar bola. Mas nada disso impediu uma baiana de fazer o que gostava: jogar bola.
Nascida em Vitória da Conquista, na década de 1960, Rosana de Oliveira Fernandes (ou Rosaninha – no meio futebolístico feminino) começou a se interessar por futebol aos 5 anos de idade, quando ainda pegava as cabeças das bonecas e as fazia de bola.
Esse interesse acentuou-se, ainda mais, quando o tio dela, Carlos Alberto, a incentivou, pois via que ela sabia jogar bola “eu tenho muito orgulho de falar dele (…) e ele me influenciou muito. Junto com ele, no dia-a-dia, quando eu estava em casa, ele fazia as bolas pra gente jogar.”
Já aos 13 anos, na escola, ela participou do seu primeiro time de futsal. Mas, só aos 16 anos, começou a jogar, como meia direita, no time amador de futebol feminino do Massicas, no qual permaneceu até o final de 1982.
A partir daí, ela começou a despontar no esporte, chegando a ser chamada de ‘Zico’, pelas pessoas de Vitória da Conquista. “Como o futebol, naquela época, era muito discriminado, a mulher era tachada de nomes horríveis, e aí minha mãe descobriu que eu ‘tava’ jogando futebol e não permitia que eu jogasse. Então eu ia pra escola, ‘filava’ aula para ir treinar e jogar pelo time do Massicas.”
Nessa rotina de aulas, treinos e jogos, surgiu a oportunidade de jogar contra um time de Salvador, no estádio do Lomantão, em Vitória da Conquista. Rosaninha ‘endoidou’ e ficou tão focada em querer jogar a partida que até pediu autorização ao pai, que até então não ligava muito para isso e, portanto, deixou.
“No dia seguinte, meu pai trabalhava na rádio clube de Vitória da Conquista, e o meu nome surgiu na rádio, e os caras ‘nossa, sua filha joga muita bola’. E outros caras, de lá de dentro, também começaram a questionar mulher que jogava bola. Começaram a tachar que mulher que jogava bola era Sapatão, e a filha de (…) estava lá no meio, e virou uma confusão.”
Além de isso ter se tornado uma confusão no ambiente de trabalho do pai, de acordo com ela, assim que ele chegou em casa, avançou em sua direção e disse “A partir de hoje, você não pega mais uma bola pra jogar. Se você pegar, eu prefiro você morta, dentro de um caixão, do que você ser uma sapatão.”
Apesar de, profundamente, machucada pela fala, ela não desistiu de continuar jogando bola e saiu de casa em busca do seu sonho. E foi a partir desse jogo, no Lomantão, que ela ganhou visibilidade e foi convidada, pelo Itabunense de Itabuna/BA, para jogar lá, em 1983. Na sequência, recebeu o convite do Panteras de Ipiaú/BA.
Em 1986, chegou a Salvador/BA e acabou conhecendo uma moça que acompanhava futebol. Foi ela que a incentivou a fazer um teste para entrar no time do Bahia. Passado o teste, ela entrou para o time feminino de futsal e, também, de campo.
Só que o time não era próprio do Bahia, como o de hoje. Na época, o clube baiano, apenas, apoiava o time formado por José Faustino, torcedor do Bahia e fanático por futebol, que transitava bem pelo clube e, por isso, conseguiu o apoio do time da capital. :: LEIA MAIS »
Mari Antunes, do Babado, para em outubro por causa do parto e retornará em dezembro para o Réveillon
A gravidez da cantora Mari Antunes, da banda Babado Novo, não impediu que artista continuasse cumprindo sua agenda de shows pelo país, e ela não deixou o seu estilo pra cima ser afetado, ao contrário, continua alegre, motivada, e agora mais do que nunca esbanjando felicidade pela vinda da primeiro filha.
Hoje conversei com o empresário da artista, Manoel Castro, ele me disse que nada mudou na agenda do Babado Novo, segue tudo normal. “Em 15 de outubro a gente para com os shows e só voltaremos em dezembro, mais precisamente no dia 31/12, faremos um Réveillon fechado no Rio de Janeiro”, garante Manoel aos fãs e aos contratantes. :: LEIA MAIS »
TOMATE É UM ABSURDO!!! Fique, rapaz, seu lugar é na Bahia, no Brasil!!
“Coração, para que se apaixonou”, esse é um pequeno trecho da música de Dorgival Dantas que o então cantor do grupo Rapazzola, Tomate, estourou nacionalmente.
Coração foi um divisor de águas na carreira do elétrico cantor que ganhou, disputando com grandes artistas, a melhor música do carnaval da Bahia. O talento do jovem cantor era visível, Coração veio para antecipar o sucesso que ele faria naturalmente, e assim Tomate começou a ser destaque junto aos melhores puxadores de trio do carnaval e micaretas do Brasil.
Aqui em Conquista ele fez muita gente se apaixonar com sua inconfundível voz rouca, com um timbre inigualável, cantando sem parar no palco, ou no trio, nos eventos do Massicas, também realizados em Ilhéus. :: LEIA MAIS »
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