Os pais de Xandó são meus amigos de longas datas. Roberto Araújo, o Miau, veterinário e professor do Colégio Modelo, Alexandra, também professora, trazia o filho à tiracolo, talvez hoje Xandó preferisse a expressão à embornal. O que importa é que o único filho estava sempre debaixo dos braços do casal para protegê-lo, não para controlá-lo.

Quando chegava para cantar nas festas com o grupo Samba de Mesa criado por ele mesmo, lá estavam os dois, pai e mãe juntos, simbolizando um guarda-chuva.

O cavaquinho não foi encostado, mas ficou em segundo plano. Começou a caminhada pela política estudantil, pelos movimentos sociais, enveredou pelos corredores, becos periféricos em defesa dos negros. Tornou-se advogado, de tanto caminhar chegou nos assentamentos, no MST, ganhou espaço e chegou a Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista com uma expressiva votação.

O seu mandato segue na mesma pegada, debaixo de sol e chuva, comendo poeira pelas estradas da zona rural, vem cumprindo o seu mister defendendo as causas populares.

Ontem, sábado, o vereador fez uma plenária para avaliar o seu mandato de legislador. Os seus apoiadores querem que ele avance, continue na mesma direção e lhe concederam uma missão: todos querem que dispute uma cadeira na Assembleia Legislativa do estado, querem vê-lo deputado em 2022.

As informações vem do próprio vereador, com a legitimidade da sua fala e escrita, advogado e legislador.

Agora é esperar a decisão do militante petista, legitimado pelo voto popular, e depois passar pelo crivo do partido e saber o que a cúpula acha disso tudo.

A ver!