Odir : “Nosso projeto de governo ainda tem muito o que fazer pela cidade”
Odir Freire assume atualmente a chefia do gabinete e a secretaria de Desenvolvimento Rural de Vitória da Conquista. Alguns dias atrás foi indicado pelo prefeito Guilherme Menezes a pré-candidatura do Partido dos Trabalhadores em 2016. O pré-candidato concedeu uma entrevista ao nosso blog que você confere agora.
BM: O prefeito Guilherme lançou há dois meses seu nome junto aos companheiros do PT e das secretarias. Seu nome foi muito bem aceito pelos companheiros de sigla, mas, naquela ocasião você acabou declinando do convite. O que te levou a não aceitar inicialmente a pré-candidatura a prefeito de Vitória da Conquista?
O: Na verdade foi um grupo de companheiros do partido que tirou meu nome de dentro de uma reunião. Naquele instante avaliei e achei que não era a hora de meu nome estar na disputa, fiquei muito agradecido pela indicação dos companheiros do partido.
BM: Logo em seguida, o grupo e o PT avaliam e sai seu nome definitivamente. Desta vez sem declínio do convite.
O: O grupo reuniu e teve aval do prefeito Guilherme, sendo um orgulho para mim ter sido indicado, inclusive houve uma indicação de dentro do partido para as disputas internas da sigla. Dentro do PT nesse momento já existem duas indicações, eu sou o terceiro, é uma prática da democracia inclusive dentro do Partido dos Trabalhadores. Aceitei essa indicação e tenho aval de nosso prefeito que tem por mim um grande apreço por conhecer a estrutura e forma do partido por dentro da máquina da prefeitura.
BM: Odir, interessante que o prefeito Guilherme como todos nós observamos é uma pessoa discretíssima, esse é o seu perfil. Ele identifica você desta forma a frente de sua função de administrador e dentro das várias pastas por onde passou. Esse seria um dos critérios, a sua discrição e o perfil parecido com o do prefeito? Seria esse um dos motivos que o fez convidar e acatar a indicação pelos seus companheiros de partido?
O: Estou nessa administração desde o dia 02 de janeiro de 1997, comecei como Chefe de Divisão do setor de compras. Inclusive quando entramos aqui em 1997, a prefeitura estava totalmente desacreditada, na ocasião, saímos nas ruas buscando crédito para o município. As pessoas perderam tanto a credibilidade na prefeitura naquela época que só liberavam os materiais que foram comprados depois do cheque já pronto. E a partir da nossa entrada, começamos a mostrar que o processo não era esse, primeiro era fazer a cotação e ver quem ganhava, depois o material viria para o município e por último o pagamento. Foi desta forma que os comerciantes da cidade tiveram esse entendimento e passaram a acreditar na prefeitura de Vitória da Conquista e em todo trabalho realizado durante esses 19 anos que estamos completando. Dentro desse processo passei a ser coordenador de material de patrimônio, passei para o setor de tesouraria, como secretário de planejamento. Então, foi uma viagem dentro da máquina municipal e isso me credenciou a conhecer bastante. Guilherme tem essa sensibilidade de ver as pessoas também pela forma como elas agem ao seu redor.
BM: Você falou a poucos instantes que nesta quinta-feira (17) será encerrado o prazo para inscrições de pré-candidatos junto ao partido. Temos no momento três nomes, sendo o seu, o de Marcelo Neves e Márcio Matos. Então, quem não apresentar a pré-candidatura até amanhã não terá mais chance?
O: Quem pode te responder melhor a essa questão é o presidente do partido. Essa foi pelo menos uma determinação do diretório em reunião na semana passada, que até o dia 17 se encerraria o prazo de indicação para depois começar todo o processo no próximo ano. Uma comissão vai avaliar cada candidato, conversar com cada um deles para buscarmos unidade dentro do partido.
BM: Imaginemos que fiquem esses três nomes, você acredita que nesse processo de discussão o partido ficará unido?
O: Acredito que sim. No PT podem existir até divergências, mas, quando preciso estamos unidos junto também com os partidos aliados.
BM: Temos aproximadamente quase 20 anos do projeto Governo Participativo, você acredita que isso será um obstáculo para a sucessão do prefeito Guilherme e para que se continue dentro desse mesmo panorama, o representante sendo da base aliada?
O: Esses vinte anos têm mostrado a seriedade que temos com o município através do trabalho em todas as áreas, por exemplo, na agricultura que é uma pasta que estou há quatro anos foram construídas 21 barragens na zona rural durante os últimos dois anos e meio, fora manutenção e apoio técnico. Na área de desenvolvimento social foram vários avanços através do CRAS, CREAS e Centro Integrado da Criança e do Adolescente, que é o primeiro do Brasil a ser inaugurado. Isto nos dá a possibilidade de dizer que este governo tem muito a dar pelo município.
BM: O deputado Fabrício lançou sua pré-candidatura pelo PCdoB e o PSB acena com o desejo de fazer sua própria candidatura. Com a definição dos três nomes do PT até amanhã, você ainda acredita que é possível reverter esse quadro e resgatar a unidade da base aliada?
O: Ulysses Guimaraes sempre falava: “a política tem que ter conversa”. Primeiro a gente tem que vencer as etapas, primeira delas será no ano que vem escolhendo o nosso candidato para representar o partido nas eleições e sentar com os aliados buscando uma alternativa para Vitória da Conquista.
BM: Há uma manifestação natural até por ser ex-prefeito e filiado ao PT, o Zé Raimundo ou Waldenor, você os convidaria para que viessem à frente e empunhassem a bandeira da unidade. Digamos que eles não se lancem candidatos até amanhã, qual seria sua postura caso seja você o aprovado dentro dos três nomes já colocados?
O: São dois quadros importantes do partido, Waldenor e o professor Zé Raimundo e, tenho certeza que eles assim como Guilherme estarão unidos em torno do nome que o partido escolher no próximo ano.