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A eleição presidencial está caminhando para um processo plebiscitário. Por mais que tentaram criar um Terceira Via, nenhuma vingou, foram simples “balão de ensaio”, todos os nomes apresentados não conseguiram empolgar, desde o mais preparado entre eles, o tempestivo Ciro Gomes, o próprio xerife Sérgio Moro, temos também a figura feminina de Simone Tibet, do MDB, o governador de São Paulo, Dória, não empolgou nem a Faria Lima, o apresentador Luciano Hulk só ficou nos corredores da Globo. E agora Vitória da Conquista é apanhada de surpresa e assiste o nome de uma ilustre moradora, professora da UESB, militante do Partido Comunista do Brasil (PCB) desde os 17 anos, ser aprovado pelo comando nacional da sigla para ser a candidata à sucessão presidencial, ocupando assim um vazio, acredita-se, no campo da esquerda raiz.

A professora Sofia Manzano é uma militante de esquerda desde a sua juventude, filiada ao PCB, sendo o seu único partido até o momento. Ela deverá se manifestar aos conquistenses de forma pública brevemente.

Perguntei ao professor Omar Costa, do Cursinho Zênite, o que ele acha dessa novidade na corrida presidencial, se o PCB foi ousado, se a professora Sofia é uma opção para a esquerda votar e ele me respondeu:

“Massa, opções existem com ou sem candidatura do PCB. Na conjuntura global o que chamam de terceira via não passa de um conjunto de candidaturas como essa.

O processo eleitoral brasileiro, e mundial, não deixa espaço para as vias além da mão e contramão que já existe, além do que chamamos de polarização.

Essa coisa de que existe Lula e Bolsonaro é apenas demonstração da fragilidade do processo democrático. É proposital e ao mesmo tempo é a única forma existente de escolha na conjuntura até aqui construída.

O eleitor de Bolsonaro vota contra o PT, ao invés de votar num projeto político. E o eleitor de Lula vota contra o que chamamos de neofascismo, ao invés de votar num projeto político.

O que quero dizer:

– Qual o projeto político para a educação proposto pelo PT nacional para mudar a estrutura educacional que temos ?

– Não vamos longe. Qual o projeto político educacional existente em Vitória da Conquista durante os 20 anos do PT na cidade ?

– Qual a política econômica bolsonarista para gerar empregos no Brasil ?

Essas perguntas só possuem uma resposta:

– Não existem projetos. Existem apenas vontades de ocupar o poder para impedir que certo grupo ocupe os cargos burocráticos do estado.

Diante disso, o PCB não se trata de uma opção de projeto político para o Brasil e sim de apenas mais um nome para chancelar a estrutura que escolherá entre dois nomes, Lula ou Bolsonaro, e não entre dois projetos.

Por fim eu diria:

Diante de um escândalo chamado Bolsonaro tudo vira progressista. E por isso fica caro dizer que Lula não tem projeto.”