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A conversa de que o senador Jaques Wagner recuaria da disputa do governo estadual já vinha ganhando corpo dentro do Partido dos Trabalhadores, sua preferência seria mesmo cumprir os quatro anos que lhe resta.

Algo parecido aconteceu aqui em Conquista com o deputado Zé Raimundo. Ele queria mesmo era não ir a revanche com o ex-prefeito Herzem Gusmão que já lhe vencera a eleição anterior.

Wagner sempre foi o preferido dos petistas para enfrentar ACM Neto, eles entendem que o “galego” é o nome que une o partido, os partidos de esquerda (PCdoB e PSB) e até os partidos de centro como o PSD e PP.

Ficou parecendo que Rui teria rompido com o acordo interno de governar até o fim e aguardaria um ministério num eventual governo de Lula, mas uma reunião em São Paulo desnudou a situação turbulenta que vive o grupo que dirige o estado baiano.

Imagina-se que o ex-presidente olhou para si, para o seu umbigo e teria decretado: “Precisamos do Kassab já no primeiro turno, o PSD é muito importante, não vamos correr risco, temos que ganhar a eleição no primeiro turno”.

Seria mesmo o desejo de Otto disputar com ACM Neto o governo do estado? É aquela história de Zé Raimundo em Conquista: “deixe eu quieto no meu canto”.

Aliás, para Waldenor e Zé Raimundo, nada melhor que ter Lula na presidência e Wagner no governo. Seria ou será muito difícil para os dois sairem do protagonismo da disputa, deixar a hegemonia petista, o que é natural, pois fazem parte da mesma tendência ideológica.

Ontem aconteceu uma importante reunião em Salvador, onde os deputados petistas queriam hipotecar solidariedade a Wagner e, quem sabe, demovê-lo da ideia.

Os militantes petistas custarão a degustar a ideia de que não gritarão o nome de Wagner ao governo do estado. Não seria melhor ir se acostumando? Porque parece que a situação é irreversível, e também tem a situação de Abel Rebouças, membro do PSD, e suplente do senador Otto Alencar.

E por falar em Otto, ele sempre me falou que “só falo de sucessão estadual a partir de março de 2022”.