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Será se os três continuarão juntos na disputa pelo governo da Bahia? Até aqui é o mais provável, embora nem sempre o caminhar na política chegue ao final da jornada conforme o planejado.

Wagner, por exemplo, é o nome mais forte da base petista para substituir Rui Costa, mas depende muito do seu desempenho daqui pra frente, dependerá da sua performance nas pesquisas. E também é preciso saber como estará o humor de João Leão, ele é o fiel da balança já que Otto Alencar, creio, continuará na base do governo.

João Roma é a grande novidade no tabuleiro da disputa eleitoral em 2022 na busca pelo palácio de Ondina. O jovem ministro veio de Pernambuco a convite do ex-prefeito de Salvador, de quem foi assessor, bateu asas e voou, pousou no ninho bolsonarista, aceitou o convite do presidente e tornou-se ministro, ocupando a pasta da Cidadania.

Bolsonaro permitiu-lhe voos mais altos, quer que Roma seja o próximo governador da Bahia, o gesto é para mostrar pra Neto que ele não depende do apoio do presidente do DEM para ter palanque no estado baiano para chegar mais uma vez à presidência da República.

O máximo que poderia acontecer seria Roma assumir a vice do mais forte candidato à sucessão estadual que busca desbancar o PT, o contrário, é pouco provável.

E por último, o que podemos esperar do líder das pesquisas até o momento? Creio que agora é irreversível, não haverá recuo, a eleição anterior foi outro momento, Neto sabia que aquele instante lhe era permitido voltar atrás e não sair candidato para enfrentar Rui Costa, ele sabia o que estava fazendo. Hoje não dá mais, “ou vai ou racha”, literalmente. É, portanto, uma candidatura irreversível para os antigos carlistas que continuam com a imagem do avô, ACM, na cabeça, e também é para os mais jovens o nome mais competitivo, tudo isso porque está na lembrança de todos as duas administrações vitoriosas de Neto à frente de Salvador.

Esse trio irá até o fim?

Wagner continua em busca da vitória, com o seu nome colado ao de Rui Costa e Lula. Neto não abre mão da imagem do avô, embora tenha consciência dos seus méritos próprios, e João Roma não depende do Papa, de Bolsonaro sim, só dele, depende muito de como estiver o presidente junto aos brasileiros, em especial junto aos baianos.