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Deve ter sido terrível para os governadores dos estados brasileiros, principalmente aqueles que estão à frente das capitais onde o carnaval é comemorado com muita força e são centros de atrações turísticas como Salvador, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, e a própria capital mineira Belo Horizonte.

Muito se falou à época e até hoje continuam essas afirmações, verdadeiras ou não, de que os governadores sabiam antecipadamente que parte do mundo já estava contaminada com o vírus que viria a tirar a vida de muita gente e que o Brasil poderia ter evitado que a tragédia chegasse aqui se as festas carnavalescas fossem suspensas.

Rui Costa sabia? Ele teria ignorado a gravidade do momento que o estado da Bahia e o país enfrentaria? Não creio nisso, é impossível admitir uma decisão tão absurda por parte de um governante, seja ele bolsonarista ou petista.

Em doses homeopáticas o governador da Bahia vem liberando eventos, festas, até o futebol já tem recebido público de até trinta mil pessoas. Os decretos, as medidas assumidas por Rui Costa quase sempre são seguidas pelos prefeitos dos municípios baianos.

Agora o gestor baiano está mais uma vez na marca do penalty, é decisivo o momento, o adversário já é conhecido, não dá para ignorá-lo, uma multidão espera o que o senhor fará, governador: confirma ou não a realização do carnaval 2022? Em quais dimensões?

O carnaval é a maior festa aberta do planeta Terra, o nosso estado, e em especial Salvador, recebe gente de toda parte do mundo, teríamos nesse universo de pessoas alguns portadores do vírus proveniente de uma quarta onda que já toma conta de países da europa?

Eu quando criança já recebia “castigo” com três meses de antecedência: “você não viajará no final de ano, nem adianta se programar”, prevenia meu velho pai. Para se organizar um carnaval é preciso muito tempo, requer muito planejamento, então partindo dessa premissa, podemos pedir: decida, governador, a bola está na marca do penalty.