Conquistense brilha em São Paulo: Juliana Fagundes Pithon
Juliana é filha dos queridos Jorge e Leila, os dois estão orgulhosos com o desempenho da filha na capital paulista, onde a jovem jornalista, especialista em gestão de projetos culturais pela USP trabalha na Comunicação da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
Juliana está feliz com um convite que recebera e externa para todos nós na matéria a seguir:
“Está aberta a pré-venda de “Banana Feijão”!
Maria Carolina Marchi me convidou pra pincelar uns poemas sobre ilustrações que ela ia fazer da tropicália.
essa feitura conjunta acabou virando um livro-de-poesia-e-editorial-ilustrado que foi selecionado pra publicação pela Editora Urutau.
foi também um rito de memória. voltei pra Conquista. pra quando maínha, Leila Fagundes, me levou a um show de gal e eu nunca mais esqueci a letra – à epoca, indecifrável pra mim – de você não entende nada.
voltei pra casa de glauber rocha, na 2 de julho. e pras vozes de tia rita, jó e leonel cantando baby com o violão de carlos porto lá em casa.
voltei pro meu coração batendo mais forte à espera dos trios elétricos no carnaval. comigo ainda na barriga, maínha aprendeu a tocar violão. paínho tocava timbau. e eu aprendi as letras das músicas nos encartes dos cds. o que foi meu primeiro contato com a poesia.
circuladô vivo era o disco de caetano que eu mais escutava. ficava horas amando a capa amarela. lembrei de atravessar a gruta da mangabeira, em ituaçu e tomar sorvete na praça imaginando em qual casa gil morou.
revisitei um trabalho que fiz com os amigos da faculdade sobre o movimento tropicalista. e que foi aí que eu saquei qual era a desse povo todo que aprendi a amar muito cedo. de torquato à oiticica.
atenta ao Tempo, anos antes, pedro me mostrou o teatro oficina. o primeiro lugar que quis ir quando vim morar em sp. assisti cacilda iv. e entrei na universidade antropófaga. ou a abertura de caminhos e a nitidez de uma existência antes e depois.
no departamento de mário de andrade, hoje smc, eu conheci carolina. esse amor. a quem eu agradeço pelas trocas. artista bárbara. divina-maravilhosa. que me fez esse convite. e eu disse sim.
“Banana Feijão” é um livro-memória. feito ilha de edição como diz waly. com muitos símbolos de um brasil que foi. e que me fizeram acreditar por muito tempo que não viveríamos novamente a gravidade dos dias de hoje. é importante retornar a eles como uma volta aos retratos. pra que saibamos ser o avante. tenhamos coragem.
aqui o link da Benfeitoria: https://benfeitoria.com/bananafeijao
há vários valores para a contribuição e uma meta que precisa ser batida pra que o livro nasça. vem comer com a gente ♡”