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Rio Bahia: a história da BR 116 contada pelo jornalista e historiador, o advogado Paulo Nunes

Paulo nunes

Faremos uma série de entrevistas com personalidades de Vitória da Conquista sobre o “Tapete Preto”, a famosa Rio Bahia, a BR116, em especial o trecho que corta a nossa cidade e que todo dia a gente espera a notícia: “começa a chegar as máquinas que darão início às obras de duplicação do trecho que corta Vitória da Conquista até a cidade de Cândido Sales”. Essa manchete é tudo o que os conquistenses e todo o sudoeste da Bahia gostaria de ler. Será uma série de entrevistas aqui no nosso blog e também no programa Agito Geral, sob a nossa condução na Rádio UP!!! 100.1.

Paulo Nunes é um conhecedor profundo da história política e administrativa da nossa cidade, sabe como poucos, leu, estudou, pesquisou e, por isso mesmo, ele será o nosso entrevistado hoje, às 19h, começando a sequência de falas que serão seguidas por políticos, engenheiros, empresários e historiadores até para que se faça justiça aos fatos, aos muitos que lutam pela duplicação da nossa BR. Se não duplicá-la, mas, pelo menos, construa viadutos ou passarelas nos pontos mais críticos da cidade a partir do Centro Industrial, em frente ao Cemitério, mais à frente o então Posto Tigrão, mais abaixo na antiga Cambuí Veículos, enfim, nada melhor que levar tudo isso ao conhecimento da população.

O secretário de Obras do Município, o engenheiro Leandro Fonseca, o empresário José Maria Caires, deputados, vereadores e o engenheiro Luciano Bomfim, que representa a Construção Civil através do Sinduscon, serão ouvidos.

Vejam o que antecipa o jornalista Paulo Nunes aqui no blog e logo mais falará ao nosso programa às 19h:

“Olha a massa eu falo que eu conheço pouco, mas eu conheço a história dela assim, por exemplo 1937, ela já estava sendo operada, mas começou a construção realmente em 1930 em leito natural, com você sabe, em 1963  foi inaugurada, quando Vitória da Conquista recebeu talvez, a maior quantidade de autoridades nacionais e regionais da história; estavam aqui na cidade os prefeitos de Teófilo Otoni, Governador Valadares, Feira de Santana, que eu me lembro assim, estavam os governadores Miguel Arraes de Pernambuco; governador de Minas, Magalhães Pinto o  candidato    derrotado à Presidência da República, Marechal Henrique Teixeira Lott e o grande presidente do Brasil João Goulart, como também o  Governador da Bahia, Lomanto Júnior.

A única coisa que estava começando do lado Oeste da cidade, era a construção  do 9º Batalhão de Polícia Militar que  ficou pronto em 1964 . Por  ironia do destino, o prédio foi pintado pela prefeitura, no governo de Pedral, um acabamento de arte final  e José Pedral, acabou sendo preso nesse batalhão.

A  Rio Bahia tinha apenas o  campo da Ester, criado pelo pessoal que construiu a Rio Bahia e por isso, daí é o campo da Ester. E essa  Ester, não tem nada a ver com  Ester, nossa colega de Escola Normal, nem com a esposa de Waldenor Pereira, a “ESTER”, são as iniciais da empresa  de terraplenagem que construiu a rodovia. E aí você tem o campo da Ester, até hoje.

A partir dessa construção da Rio-Bahia, com muita beleza, aquelas prostitutas de todo o Brasil,  chegaram à Rio Bahia, um pouco antes, ainda no tempo de chão, sem o asfaltamento,  com algum dinheiro, elas foram comprando e construindo as suas residências “normais” da vida comum, do outro lado da cidade, ou seja do lado oeste da Rio Bahia. Daí o desenvolvimento de Vitória da Conquista voltado para lá, no Oeste.  Mais  adiante,  o grande Gildásio Cairo, fez  o projeto e Pedral desenhou os bairros Ibirapuera ,Miro Cairo, Senhorinha, Brasil, Patagônia  e  kadija , também por isso que você vê aquele lado lá, todo arrumado geograficamente, foi planejado pelo grande engenheiro da época.

Ainda não se imaginava que teríamos tantos automóveis e caminhões, mas seguindo os ensinamentos do presidente Washigton Luiz, “ governar é construir estradas”  mas voltando a Zona Oeste, se você olhar o traçado daquele lado, é diferente das ruas apertadas do lado Leste. O Oeste  teve a visão do deputado Gildásio Cairo, o  cara era bom.

Enfim, quero ainda frisar,  que estava também nessa inauguração na Rio Bahia, o prefeito da cidade Gérson Sales, ao lado do prefeito eleito José Pedral.

A Rio Bahia trouxe o comércio para a região, você se lembra bem. Você  é 20 anos mais velho que eu.  A Rio Bahia  tinha Comércio durante o dia  e quando a noite chegava,  tinha o prostíbulo, que não deixava de ser comércio, pois se vendia bebida, comida etc. Assim o desenvolvimento  disparou para aquele lado. Porém,  hoje nós temos a condição de fazer além de transporte mais arrumado para o lado de lá.

Eu me lembro bem 1967, já existia a avenida Serrinha  habitada, numa pobreza de fazer dó, aí você tinha Frei Benjamim, uma super Avenida Projetada no governo de Orlando Leite e que foi concluída no governo de Nilton Gonçalves, inclusive aquela pavimentação, pouca gente sabe, mas os atiradores do tiro de guerra 120,  foram os pedreiros daquilo ali. Eles durante duas horas, por dia, colocavam os paralelepípedos ,  mas era linda, tinha um passeio Espetacular.

Por desleixo da administração pública, as pessoas foram atravessando e construindo em cima do passeio .

O deputado Coriolano Sales, com sua visão de estadista resolveu trabalhar a construção do Anel Rodoviário Jadiel Matos,  sei porque  participei, eu ajudei a escrever uma coisa ou outra .  Aquele trecho urbano da Rio Bahia naquela época, era um horror, toda degradada.

  O projeto de Coriolano Sales implicava em cuidar da Rio Bahia, não  como ela está hoje,  A mudança começava no viaduto ao Sul da cidade, até a pousada da Conquista,  com 16 passarelas, algo bastante criticado, mas as passarelas eram para os pedestres  passarem  por cima, e não se misturarem aos carros embaixo, isso   para o trânsito fluir tranquilamente, eu concordei com projeto, mas aí, o prefeito da época José Raimundo, preferiu fazer sem passarelas, mas tá bonita lá como integração, mas reduzindo  bastante o trecho projetado.

  Antes  disso,  em 22 de dezembro de 2002,  estava ali inaugurado do Anel Rodoviário de Vitória da Conquista. E no sonho de Coriolano Sales ,seria a maior Avenida de Vitória da Conquista, com 33 km em Mão Dupla, o que significa um grande avanço e, dali os carros partem em direção Norte e Sul do Brasil, sem atrapalhar as pessoas de Vitória da conquista.

Então aquela princesa, começou a ser indesejável, eu não sabia sinceramente, e  em menos de 20 anos da inauguração, o Anel Rodoviário já tinha criado condições, as mesmas condições ou melhores condições do que a   Rio Bahia antiga. Então, nós já temos bairros depois dali , no caminho da Estrada da Barra do Choça, por exemplo,  já temos bairros além do     Inchado, depois do trevo,  também já foi,  realmente implantada uma nova cidade estava desenhado, mas não tinha muita gente, o Senhorinha,  o Miro Cairo ,  Henriqueta  Prates, aquele conjunto lá da CAESG,  Campinhos.  Rapaz, o que eu quero dizer com tudo isso Massa, é que nós, em  10 anos teremos que fazer um outro Rodoanel, já distante 15 km da cidade, passando por trás do Pradoso. E do lado de cá, lado contrário, lado Leste passando 10 km da Estiva, mexendo de novo para Serra do Periperi, porque o Anel Rodoviário atual  será totalmente habitado.

Faltam  evidentemente os viadutos,  o Governo Federal não fez, é um acidente ou outro que acontece, é por conta disso então, essa é a Rio Bahia do progresso e das perdas humanas.

É um resumo aqui para você, um pouquinho do que me lembro ,mas eu não poderia deixar de registrar  que o mais me encantava na Rio Bahia era um serviço de alto falantes, lembrava quando criança da Rio Bahia eu passava as férias ali  na  Crescêncio Silveira, na casa do meu padrinho, Dante Menezes. Então durante quatro meses por ano, eu ali ficava. As férias naquele tempo, eram longas e dali eu saía e passava pela rua Teodoro Sampaio, Salgado Filho, ia para Rio Bahia às 18 horas mais ou menos, para ouvir no serviço de alto-falante, uma ave Maria  a prece de Caritas e o locutor falava algumas coisas e depois algumas músicas que eu não sei porque, eu achava mais bonito ouvir  ali, ao ar livre, são  minhas lembranças da nossa querida Rio Rio Bahia um forte abraço massinha.

Registro

A cerca de dois anos, aproximadamente. O empresário José Maria Caires criou o movimento “duplica Sudoeste”, essa luta  importante, eu acredito para o ano de 2021, em Vitória da Conquista. José Maria tem essas atitudes políticas, sempre em temas relevantes para região, vamos continuar cobrando, agora não mais do Governo Federal, mas principalmente da concessionária, que venha substituir a Via Bahia, que tinha o compromisso mínimo de duplicara estrada, no trecho Vitória da Conquista à Divisa Alegre, no estado de Minas Gerais, não o  fez. A luta é grande, e a minha esperança,  meu querido Massinha, é que que isso possa se realizar talvez não, com 30 anos ou 20 como eu falei, mas 10 a 15 anos um grande abraço.”

2 respostas para “Rio Bahia: a história da BR 116 contada pelo jornalista e historiador, o advogado Paulo Nunes”

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alessandro tibo


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