Finalmente tomou posse o prefeito Herzem Gusmão. Ele assumiu o cargo na tarde de ontem, 08/01/21, de forma virtual, depois de muita polêmica, até certo ponto desnecessária.

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Já se vão quase 30 dias que o prefeito de Vitória da Conquista começou a receber assistência médica em sua residência depois que foi diagnosticado com COVID-19.

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O prefeito, imagina-se, contraiu a doença depois de se expor exageradamente durante as eleições municipais. Aliás, foi o que fez a maioria dos políticos.

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Com raríssimas exceções, é bem verdade, mas por todo o Brasil, uns menos e outros mais, os candidatos, assim como os apoiadores, “deram mole” para o vírus.

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Na equipe do prefeito, além da Primeira Dama, Luci Gusmão Freire, vários membros do primeiro escalão foram infectados, a exemplo de Marcos Ferreira, Gildasio Oliveira, Luís Souza, parece-me também que Murilo Mármore e ainda a vice-prefeita eleita Sheila Andrade.

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Não significa que o vírus infectou todos os citados, inclusive o prefeito, nos atos de campanha, seria leviano, até porque qualquer descuido pode ser fatal.

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Aliás, é preciso que os cuidados sejam redobrados, todo cuidado é pouco, ainda mais que estamos vindo de períodos de festas (Natal e reveillon), mesmo restritas.

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A posse virtual do prefeito Herzem Gusmão aconteceu sob um clima de muita expectativa, se ocorreria ou não.

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Foi muito suspense, talvez sem necessidade, até porque tratava-se de um caso excepcional, de muita gravidade, o prefeito está hospitalizado, isolado numa UTI.

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O Brasil inteiro vinha falando do então candidato à prefeito de Goiânia, Maguito Vilela, que disputou as eleições hospitalizado no Sírio Libanês em São Paulo.

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Em seguida, o prefeito eleito tomou posse virtualmente, de dentro do hospital, o mesmo que o prefeito de Vitória da Conquista se encontra desde o final do mês de dezembro.

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Outros municípios brasileiros usaram desse expediente para dar posse aos seus prefeitos por estarem nas mesmas condições do gestor conquistense.

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Durante a enfermidade do prefeito, os partidos de oposição ao governo municipal foram solidários ao estado de saúde do cidadão Herzem Gusmão, e também em respeito ao candidato eleito assim procederam.

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Foi um momento digno da política de Vitória de Conquista, que viveu situações que nos engrandecem e não pode dar espaço a atos mesquinhos.

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Ainda que fazendo parte do mesmo campo político, com ideais humanistas e democráticos, chegou um momento que Sebastião Castro passou a discordar de Pedral, seu grande líder, e da maior parte dos homens públicos de Conquista em determinado momento da nossa história.

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Com as disputas naturais, de homens que pensam, divergem publicamente, mas não traem. Pedral e Tião se respeitavam, o médico do primeiro era o segundo, os dois partiram se respeitando, morreram amigos.

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O historiador e advogado Rui Medeiros sempre foi amigo de Pedral, inclusive seu advogado, não obstante tudo isso, fundou o PT e tornou-se seu concorrente.

Nem por isso Rui deixou de estar no velório de José Pedral Sampaio no Casarão Regis Pacheco. E lá também estavam o prefeito de então, Guilherme Menezes, e boa parte do seu secretariado.

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Poderia ter sido evitado esse ritual sinistro, sádico, de sofrimento e angústia, de propagação de coisas negativas que depreciam os políticos:

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Por que não usar como exemplo os precedentes já abertos em outros municípios brasileiros em que vários prefeitos tomaram posse virtualmente? O que mudaria aqui? Mas um minuto de fama já é o bastante para muita gente, aqui e em boa parte do mundo.

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Quando o vereador Andresson Ribeiro esteve em nosso programa e disse: “entrarei com um Mandado de Segurança para impedir a posse do prefeito conforme está proposto”, disse o advogado.

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Perguntei-lhe em seguida: vereador, mas com essa declaração pública através do nosso programa, é um recado para o entendimento, porque os vereadores da situação estão nos ouvindo. É isso?

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“Sim. Não queremos que Regimento Interno da Câmara seja atropelado. Nós também, da oposição, queremos que o prefeito restabeleça a sua saúde e tome posse como prefeito, cargo para o qual fora eleito”.

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No dia seguinte, o presidente Carlos Dudé, eleito para o biênio 21/22, já estava reunido com todos os vereadores eleitos e reeleitos, os 21, e prepararam tudo para a Sessão Deliberativa que discutiria a posse virtual do prefeito Herzem Gusmão.

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Numa cidade que se respira política, onde ela é respirada nos quatro cantos da cidade, as dúvidas afloravam e se tornaram a pauta das discussões nos corredores da Câmara, da prefeitura, em todos os cantos da cidade.

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Sexta-feira, 08/01/21, Câmara de vereadores de Vitória da Conquista, 20 edis presentes, ausência de um vereador justificada, apenas Valdemir Dias não se fez presente.

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Aberta a Sessão Extraordinária para deliberar sobre a posse do prefeito, exceto o vereador Chico Estrela, todos os outros votaram favoravelmente.

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Sob o comando de Carlos Dudé, todos os presentes votaram pela posse imediata do prefeito.

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Com uma voz cansada, mas firme, o prefeito Herzem Gusmão apareceu no telão com imagens diretas da UTI do Hospital Sírio Libanês, prestou juramento e foi empossado prefeito de Vitória da Conquista.

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Foi um ato revestido de muita emoção e que ficará registrado na história política do nosso município.

A ver!