“Irmão, eu acordei sonhando com isso, chegou na hora certa, era o que eu queria para expressar esse momento. Quero que você mostre ao Guilherme para ver se ele gostou. Antes de chegar a ele, teria que passar por você, pois foi você o instrumento, foi você o responsável por isso”. Estas foram palavras ditas por Carlinhos Brown dirigidas à Nagib Barroso e que eu extrai de um áudio, quando o artista baiano enviou o vídeo recém saído do forno para a apreciação do médico Guilherme Menezes, responsável inicial pela composição e melodia de “A Bota”, e que agora tornou-se uma parceria entre as duas personalidades.

“A Bota” vem sendo admirada por vários artistas e todos postando em suas páginas a exemplo de Ivete Sangalo, Lulu Santos e Leo Santana.

Guilherme gosta de compor, no próximo CD de Luís Caldas já é certa uma das suas músicas, intitulada “A Chave”.

“A Bota” nasce a partir de um tema que não sai do cotidiano do povo brasileiro e mundial, já estava no imaginário do compositor faz tempo, aflorou quando houve um fato no Pelourinho, em Salvador, com a morte de um homem negro por um policial também negro. Nesse instante em que o mundo assistiu incrédulo a morte de um homem sufocado, asfixiado, trouxe à tona mais uma vez a revolta de todas as classes sociais, credos, jovens e adultos, brancos e negros. Ninguém se conforma mais com o racismo, portanto, não é mais aceitável assistir pessoas mortas por causa da cor da pele.

“A Bota” não deve ser ouvida apenas por negros, ela não tem preferência por vir de pele, ela foi feita para quem tem alma, quem é sensível, quem é humano. “A Bota” não tem bandeira ideológica. O Racismo também não!

Na manhã de hoje a Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista homenageou o ex-prefeito Guilherme Menezes, por unanimidade.